A inovação como ferramenta para tornar mais efetiva os serviços oferecidos pelo Poder Judiciário é fundamental para melhorar o acesso à Justiça. A afirmação é da conselheira Daniela Madeira, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendida durante palestra do Workshop Tecnologia e Inovação – Perspectivas para a Justiça Estadual Brasileira – promovido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), nesta quinta-feira (1º/8). O evento acontece até sábado (3/8) e é realizado em parceria com o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre).
O workshop é voltado para presidentes de TJs, juízes auxiliares e diretores de Tecnologia da Informação das Cortes de Justiça.
A conselheira reforçou a importância de os tribunais terem uma mudança de cultura e compartilhar suas boas práticas. “Hoje cada tribunal desenvolve o seu projeto, a sua tecnologia, e precisamos mudar a chave do compartilhamento. Devemos pensar que os tribunais estão juntos dentro de uma corrida que, ao final, beneficiará todos os jurisdicionados”.
Ela afirmou que o CNJ está elaborando um plano nacional que analisará o nível de maturidade de inovação nos tribunais. Ela destacou ainda a contribuição do Renovajud, plataforma que congrega projetos no âmbito da inovação.
Atualmente, a ferramenta tem 94 tribunais participantes e mais de 700 inovações cadastradas. “Um dos desafios é aumentar a adesão ao uso do Renovajud. A ferramenta é importante porque possibilita que os tribunais conheçam o trabalho de outras cortes”.
PDPJ
Os juízes Alexandre Libonati e Rafael Leite, auxiliares da Presidência do CNJ, e o juiz José Faustino Macedo, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), também palestraram no workshop e destacaram os benefícios da Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ). A ferramenta, de iniciativa do CNJ, busca criar uma cultura de desenvolvimento colaborativo entre as cortes.
“Sem a plataforma, voltaremos a ter soluções caseiras úteis apenas ao Tribunal que as desenvolveu, gerando retrabalho e dispêndio de recursos”, explicou Libonati.
O juiz José Faustino reforçou que a lógica do PDPJ é a lógica do jogo colaborativo. “A cada momento vai chegar um tribunal e encaixar uma peça, que poderá ser utilizada por todos. O importante é mudar a cultura dos Tribunais na perspectiva de que precisamos, efetivamente, empregar a colaboração”.
Para o magistrado Rafael Leite, a PDPJ é o futuro do Judiciário e traz mais poder e autonomia aos tribunais. “Representa uma importante mudança para definirmos os rumos e construirmos um padrão de prestação jurisdicional tecnológica”.
As fotos do workshop, realizado em parceria com o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), podem ser conferidas aqui.
Agência CNJ de Notícias com informações do TJAL