Workshop destaca inteligência artificial no Judiciário

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O projeto Sinapses e os paineis de comparação e utilização dos dados dos tribunais foram apresentados na quarta-feira (10/6), durante o 1º Workshop de Ciência de Dados do Poder Judiciário: Estatística aplicada ao Direito. O Sinapses é uma plataforma para armazenar, treinar, distribuir e auditar modelos de inteligência artificial que está configurado para atuar junto ao Processo Judicial Eletrônico (PJe).

A inovação está disponível para uso por todos os tribunais que utilizam o PJe. “É uma solução que cria um círculo virtuoso e de autoalimentação para entregar valor para a sociedade através de serviços de qualidade” explicou Braulio Gusmão, juiz auxiliar da presidência do CNJ. De acordo com Gusmão, este ano o Sinapse foi aprimorado. “Customizamos a ferramenta para que ela funcione em nuvem.”

Um dos sistemas que operam em conjunto com o Sinapses é o Codex. O Codex consolida bases processuais que possibilitam prover insumos para construção de modelos de IA. Além de consolidar em texto “puro” os processos, ele também extrai os metadados (partes, dados das partes, quantidade de partes, classe, assunto, valor da causa, número do processo, data de ajuizamento, justiça gratuita, nível de sigilo, liminar, competência, origem, tipo de justiça, jurisdição, movimentos dos processos), explicou Mikaell Araújo, servidor do TJRO e membro da equipe que lidera o projeto no CNJ.

DataJud

O evento ainda reforçou a necessidade dos tribunais enviarem seus dados para o CNJ. “O nosso trabalho é processar essas informações e o DataJud ajuda a encontrar inconsistências”, afirmou o diretor técnico do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, Igor Guimarães. Ele contou que esse ano o CNJ ampliou a lista de classe de dados, incorporando novas qualificações além dos dados sobre as partes.

“Boa parte dos movimentos processuais não estão tabelados de forma correta. Quando isso acontece, ele fica com uma pendência no sistema”, explicou Alexander Monteiro, desenvolvedor de sistemas e servidor do DPJ/CNJ. Para resolver o problema, está sendo desenvolvida uma ferramenta de comparação de dados, que será o novo modelo XSD no Datajud.

Paula Andrade
Agência CNJ de Notícias