Uma inovação tecnológica do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT) levou os tribunais de todo o país a se conectarem na sexta-feira (13) para participarem do webinar “Balanceamento de dados do PJe”. Desenvolvida pela Coordenadoria de Tecnologia de Informação (TI) do TJMT, a solução aperfeiçoa a infraestrutura de suporte dos datacenters já existentes, expandindo a capacidade de processamento superando a sobrecarga de tráfego no banco de dados do processo judicial eletrônico. A iniciativa já está cadastrada no Portal de Governança do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O projeto foi apresentado por técnicos da TI, em ação conjunta com o CNJ. Foi uma hora de transmissão ao vivo, por meio de conferência online, onde mais de 100 pessoas de todos os ramos da Justiça puderam se comunicar e trocar informações, além de conhecer como se deu a inovação, os desafios ao longo dos seis meses de desenvolvimento da solução e os benefícios obtidos. Ao todo, o webinar teve 370 visualizações.
O juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Bráulio Gusmão, acompanhou a transmissão e participou do chat durante a conferência. Ele destacou três pontos sobre a ação realizada com o webinar: a consolidação da parceria que o Conselho tem com os tribunais na busca de soluções para o desenvolvimento do PJe, o modelo de transmissão à distância e a qualidade do evento em si. “Foi um evento de excelente qualidade, técnico, bem preparado, fundamentado. A equipe da TI e todos os envolvidos estão de parabéns. Vamos replicar essa prática buscando a melhoria da qualidade e da evolução do uso do PJe.”
A experiência também foi acompanhada pelo juiz auxiliar da Presidência do TJMT, Luiz Octávio Saboia Ribeiro, que interagiu com os participantes pelo chat. “A participação de todos demonstra que a iniciativa do nosso tribunal gerou de fato uma repercussão e é de interesse de todo o Judiciário nacional. Realizar esse tipo de capacitação, via Webinar, sem custos e alcançar as pessoas em todos os cantos do Brasil é de grande importância.”
Balanceamento
A inovação parte da ideia de “clusterização”, tecnologia que permite agregar vários servidores de aplicação com balanceamento de carga, trabalhando como um só. Ela confere maior capacidade de processamento de requisições, sem que seja necessário realizar uma parada no ambiente.
“Esse projeto consumiu pouco recurso, levou seis meses para ser executado e foi baseado em software livre, o que o torna um projeto bastante viável para ser adotado por outros tribunais. É um caminho de independência para que o judiciário não esteja sujeito a soluções de terceiros”, destaca o coordenador da TI do TJMT, Thomás Augusto Caetano.
De acordo com o coordenador, o balanceamento de dados do PJe busca melhor retorno sobre investimento, com mais estabilidade. “Na medida em que a jurisdição vai sendo ampliada por processo eletrônico, o volume de usuários causa consumo exponencial dos dados. Para isso os tribunais têm que se preparar, garantindo que o sistema vá se comportar de maneira estável e performática, com velocidade adequada para toda essa demanda.”
O assessor de segurança da coordenadoria de TI do TJMT, Danyllo Carvalho, destacou os benefícios da solução adotada no Mato Grosso. “Nossa dificuldade sempre foi em prover a entrega rápida para os usuários do sistema. Mas toda tentativa de entregar agilidade esbarrava no mesmo ponto: banco de dados. A iniciativa resolveu essa limitação. E acreditamos que vários tribunais tem a capacidade de processamento do banco de dados concentrado em um único servidor. E podem distribuir toda essa capacidade de processamento e memória em diversos bancos de dados, fazendo com que todos eles trabalhem como um único.”
Agência CNJ de Notícias
com informações do TJMT
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