A partir de agora, o Poder Judiciário mato-grossense passa a contar com uma das mais modernas tecnologias existentes no que se refere à segurança da informação e disponibilidade de serviços de informática. O Network Operations Center (NOC), que em português quer dizer Centro de Operação de Rede, e as Salas Seguras fazem parte de um conjunto de soluções em segurança que vem sendo implantado pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação (TI) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso desde o início da atual administração.

A Sala Segura tem como finalidade proteger e resguardar a integridade física dos computadores e equipamentos da TI do tribunal, que são responsáveis por todos os sistemas eletrônicos do Poder Judiciário mato-grossense. Foram implantados dois ambientes nesses moldes, sendo um na sede do TJ e outro no fórum da capital.

Nelson Antonio de Souza Júnior, gerente de Infraestrutura de Redes e Network do TJ, explica que antes existia um data center (sala de armazenamento de equipamentos), mas ele não tinha esse nível de segurança que a Sala Segura possui. “As salas seguras possuem controle de acesso de pessoas por biometria, gestão inteligente da rede elétrica, geradores de energia próprios, sistema de monitoramento por câmeras e sistema de refrigeração de precisão, que controla a temperatura e umidade do ambiente. Com todos esses recursos, é possível proporcionar a segurança física dos equipamentos e garantir uma alta disponibilidade dos serviços aos usuários”, explica Nelson Júnior.

Outro mecanismo de segurança dentro da sala é o controle de combate a incêndio. Através dele é feita uma análise da pureza do ar, que consegue detectar preventivamente fumaça e indícios de incêndio. Uma vez detectado, é gerado um alarme que aciona um dispositivo de liberação de gases para impedir a disseminação do incêndio e proteger os equipamentos. O sistema é o mesmo utilizado em aviões.

NOC – Utilizado em larga escala em empresas de grande e médio porte, o NOC é outra novidade implementada recentemente pela TI do TJMT. Conforme explica o gerente de rede externa de sistemas e segurança do TJ, Danilo Carvalho, a ferramenta trabalha de forma preventiva, permitindo que a equipe técnica detecte eventuais problemas que possam surgir dentro da sala segura ou da estrutura do TJ antes mesmo que aconteçam.

“A principal mudança que o NOC trouxe é que saímos da reatividade para a pró-atividade. Antigamente, só descobríamos o problema quando ele acontecia. Hoje, a gente já tem condições de detectar com antecedência. Dessa forma, impedimos que os equipamentos sejam danificados e evitamos que os sistemas fiquem fora do ar e que os jurisdicionados e usuários sejam prejudicados”, afirma Danilo Carvalho.

O NOC dá uma visão completa de todos os sistemas interconectados do tribunal e das comarcas. Por meio de um dispositivo de TV, torna-se possível acompanhar se está faltando energia, se todos os programas estão disponíveis, se a temperatura está adequada, entre outros. A ferramenta ainda comunica todos os usuários afetados sobre algum incidente e dá uma previsão de quando estará disponível novamente.

“O NOC também gera relatórios periódicos informando a disponibilidade dos serviços de TI. Esses dados permitem que a área de TI estabeleça metas de disponibilidade. Para saber se os serviços estão funcionando conforme o esperado, a ferramenta extrai informações continuamente e as armazena em um banco de dados. Partes desses dados são submetidos a análise para comparar o status real da rede com aquele desejado, permitindo assim verificar se alguma anomalia está ocorrendo”, esclarece Danilo Carvalho.

Fonte: TJMT