A reputação da assessoria de comunicação do Judiciário há tempos deixou de ser sinônimo de porta-voz do autoritarismo. A ideia atual é mostrar tanto à sociedade quanto à imprensa que a transparência nos serviços que competem às instituições públicas e integra os avanços do processo democrático de direito. Para aperfeiçoar o sistema de comunicação do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o Conselho da Justiça Federal (CJF), reuniu, na terça-feira (19/8) e na quarta-feira (20/8), profissionais da área, no II Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, em Brasília.
O evento teve como objetivo central discutir ações estratégicas de comunicação para o Poder Judiciário. A abordagem inicial buscou reforçar a importância da atuação de forma integrada dos setores de comunicação da justiça brasileira, a fim de compartilhar experiências que têm dado certo e alcançar os públicos estratégicos de cada órgão.
Especialistas em redes sociais dedicaram o segundo dia do encontro para apresentar métodos utilizados para informar e atrair a sociedade acerca de assuntos do Judiciário, de forma descontraída e descomplicada. De acordo com a editora de conteúdo do CNJ, Patrícia Costa, ainda não existe uma fórmula pronta para o trabalho com mídias sociais dar certo, mas o processo cotidiano de produção permite testar e sistematizar as atividades.
Obstáculos – Representando o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, a convite do CNJ, o técnico judiciário e coordenador da TV TRE-BA, Venícios Belo, palestrou sobre os obstáculos enfrentados pelo tribunal no trabalho com as redes sociais, rememorando os principais desafios vivenciados há três anos, quando o projeto foi implantado na instituição. Explicou que o primeiro procedimento adotado foi debater com os gestores sobre a importância do TRE estar na rede para se aproximar da sociedade, além de definir, de forma conjunta, uma linha editorial.
A apresentação também destacou a importância dos gestores de mídias sociais acompanharem o movimento da rede, de forma a inserir os assuntos que estão em efervescência no Facebook, adaptando-se às temáticas da Justiça Eleitoral. André Beserra, diretor-geral do TRE-BA, pontuou que “as redes sociais foram implantadas pelo tribunal de forma cuidadosa, tendo como base um projeto dinâmico e em constante atualização”.
Fonte: TRE-BA
