Tribunal do Júri de Cuiabá julgará 20 pessoas em janeiro

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Nesta terça-feira (8/1) serão retomados no Fórum Desembargador José Vidal, da Comarca de Cuiabá, os julgamentos dos réus acusados de praticar crimes contra a vida. Somente para este mês, pelo menos 16 casos já estão marcados para ir a júri popular, totalizando 20 réus a serem julgados pela morte de 17 pessoas. As sessões de julgamentos serão realizadas no Tribunal do Júri do Fórum e estão sob a responsabilidade da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que jurisdiciona na Primeira Vara Criminal de Cuiabá.

 

Dentre os homicídios que serão julgados em janeiro, chama atenção o caso do advogado Agrícola Paes de Barros, acusado de contribuir para provocar aborto na ex-esposa, Idivalnete Maria da Silva Lemes, no dia 26 de junho de 2006. De acordo com a denúncia, Agrícola Paes de Barros tinha convivido com Idivalnete por cerca de seis anos e com ela teve dois filhos. Entretanto, após a separação, o casal continuou a se encontrar, o que resultou na gravidez, que por não ser desejada foi interrompida por meio de medicamentos abortivos, os quais não tiveram efeitos. Em seguida, o réu contatou uma terceira pessoa, não identificada, a qual realizou o aborto no apartamento da vítima.

O procedimento se deu de forma incompleta, já que ao retirar a vida do feto, o corpo da criança, com aproximadamente cinco centímetros de comprimento, continuou no interior da vítima, o que ocasionou infecção e consequentemente óbito de Idivalnete Lemes. À época a vítima tinha 30 anos. O réu, que vai a júri no dia 16 de janeiro, responde a acusação em liberdade.

Outro caso que teve repercussão foi a briga entre gangues ocorrida em 24 de janeiro de 2010, no Bairro Planalto, onde Hilton Freitas da Silva (Hiltinho), Augusto Cesar Siqueira dos Santos (Sampa), Rhobyson dos Santos Belém e Júnior Farias de Almeida (Jucão), mediante disparo de arma de fogo, tiraram a vida de Benedito Henrique Ferreira e atentaram contra a vida de Daniel de Morais Silva.

Os disparos foram feitos por Hiltinho e Sampa, que utilizaram um revolver e uma pistola cromada. De acordo com a denúncia, o crime se baseou em rixas existentes há longa data entre as vítimas e os acusados, os quais integravam gangues distintas, conhecidas como a “turma de baixo” (supostamente integrada pelos acusados) e a “turma de cima” (provavelmente composta pelas vítimas). A relação entre os dois grupos era marcada por brigas e violência, tendo sido registrados acusações e atentados recíprocos. O julgamento desse processo será realizado em 30 de janeiro, às 8h.

Fonte: TJMT