Tribunal de SP participa de evento sobre futuro da Aids no Brasil

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O Poder Judiciário participou na manhã da última quinta-feira (22/11) do debate Aids – missões para o futuro. O debate foi realizado pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas. O evento antecipa a celebração do Dia Mundial da Luta contra a Aids no Brasil e contou, na abertura, com as presenças do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori; do ministro da Saúde, Alexandre Padilha; do diretor do Instituto Emílio Ribas, David Uip, e do secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Giovanni Guido Cerri.

 

Ivan Sartori parabenizou a iniciativa e disse que o Poder Judiciário tem muito interesse em acompanhar de perto as ações de combate à disseminação da doença, lembrando o termo de cooperação assinado no último dia 13 com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, para implementar o projeto Triagem Farmacêutica no Juizado Especial da Fazenda Pública – Jefaz. “O projeto prevê a disponibilização de informações técnicas aos magistrados no próprio site do Tribunal de Justiça para auxiliá-los na apreciação de questões relativas à saúde com mais condições de decidir. Este evento só vem somar esforços ao nosso trabalho e o Judiciário está pronto a ajudar”, disse. “Esclarecimento é a melhor solução para todos os males”, concluiu.

Ao cumprimentar a comunicação direta do Tribunal de Justiça com a Secretaria da Saúde, o secretário Giovanni Cerri falou da importância do acesso da população à saúde e do papel que a imprensa exerce na divulgação das informações e na disseminação da prevenção da doença. “A divulgação de campanhas preventivas e diagnóstico precoce é fundamental”, esclareceu.

O ministro Alexandre Padilha apresentou dados importantes divulgados pelo Ministério da Saúde: o Brasil interrompeu o crescimento de óbitos pela Aids, com queda na taxa de mortalidade; cerca de 37% das pessoas identificam a doença precocemente (há cinco anos a taxa era de 32%); dos casos novos de Aids (dados de 2011) 50% são de jovens homens (idades entre 15 a 24 anos) que praticam sexo com homens; 84% das grávidas realizam o exame; o Brasil é um dos poucos países que entregam remédios gratuitos para a doença; metade dos antirretrovirais são produzidos no Brasil e somos o país que mais distribui preservativos no mundo.

David Uip confirmou que “embora a taxa de mortalidade por Aids tenha diminuído significativamente, de 22,9 mortes por 100 mil habitantes em 1995, para 7,6 em 2010, ainda registramos cerca de nove óbitos por dia no Estado de São Paulo. Temos que continuar avançando”, disse o médico. Segundo ele, “trata-se da pior epidemia do século XX e dados registrados em 2011 apontam que 34,2 milhões de pessoas possuíam o vírus HIV e 1,7 milhão morreram no ano, vítimas da doença. A recomendação é a prevenção, mudança de comportamentos, tratamentos ao maior número de infectados e educação”, concluiu.

Na sequência, foi discutido o tema Aids e Mídia, que teve como objetivo abordar como a imprensa vem divulgando e repercutindo as informações sobre a Aids. Participaram profissionais da área: William Waack, da TV Globo; Cristiane Segatto, colunista da revista Época; Heródoto Barbero, da TV Record News e Reinaldo José Lopes, da Folha de S.Paulo.

Aids – A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves a como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. A Aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico.

Do TJSP