O Tribunal do Júri de Samambaia, cidade satélite do Distrito Federal, promove um mutirão para a realização de 23 sessões de julgamento e 30 audiências de instrução e interrogatórios, até 19 de novembro. A força-tarefa foi a solução encontrada pela magistrada titular da Vara para agilizar o julgamento de processos oriundos de Samambaia e do Recanto das Emas, de competência da mesma Circunscrição Judiciária.
Para auxiliar na realização da empreitada, o 1º Vice-Presidente do TJDFT, Desembargador Sérgio Bittencourt, designou um juiz substituto. Este é o quarto mutirão realizado desde 2009, nos Tribunias od Júri do DF. O Ministério Público do DF, a Defensoria Pública do DF, os Núcleos de Práticas Jurídicas e os advogados envolvidos também estão mobilizados nesse esforço para agilizar os julgamentos.
Entre os casos julgados, está o homicídio do adolescente Mardiney de Carvalho Lopes, morto aos 17 anos, em 2009, após ser confundido com um membro de uma gangue rival à de seus agressores. Conforme a denúncia, por volta de 1h10 da madrugada de 6 de julho daquele ano, o jovem conversava com amigos, sentado em uma calçada na esquina da QR 603 de Samambaia, quando outros rapazes de aproximaram. Eles confundiram o grupo com integrantes de uma gangue rival e ordenaram que Mardiney e seus amigos se deitassem no chão, passando a agredi-los com pontapés e coronhadas. Mesmo ameaçados, seis deles saíram correndo e conseguiram fugir. Alguns foram baleados, mas sobreviveram. Mardiney, no entanto, obedeceu à ordem de ficar deitado e permaneceu onde estava. Subjugado, foi baleado na cabeça à queima-roupa e faleceu no local.
Constatou-se depois, tratar-se de equívoco, uma vez que as vítimas não pertenciam a qualquer gangue atuante em Samambaia. Dos acusados, três já foram julgados e condenados (Laiuço de Brito Santos, Michael da Mata Silva e Felipe Gonçalves Dias). Nesta terça-feira (16/10) foi a júri popular Valdeir Alves de Brito, que se encontrava foragido e foi preso preventivamente.
Do TJDFT