O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) lançou, nessa segunda-feira (9), selo histórico que deverá ser utilizado para identificar documentos e processos, assim como bens e objetos, que comporão o acervo histórico do órgão. O lançamento ocorreu durante celebração do Dia da Memória do Poder Judiciário e marcou o início das comemorações dos 130 anos de atividades do TJAL. “Esse selo dá visibilidade ao Judiciário. É um selo que retrata a história do nosso Poder”, afirmou o presidente do TJAL, José Carlos Malta Marques.
De acordo com a diretora do Centro de Cultura e Memória do tribunal, Irina Costa, o selo é uma marca que pode ser atribuída a qualquer fonte documental que reflita a história da Justiça de Alagoas. O selo poderá ser atribuído, por exemplo, a processos que envolvam questões sociais de grande relevância. Ações e objetos que demonstrem a evolução tecnológica no âmbito da Justiça estadual também poderão receber a marca. “É uma forma de reiterar a preservação da memória institucional e sua contribuição para a evolução do Poder Judiciário.”
Exposição
O evento marcou ainda a abertura da exposição “Liberdade sempre: memórias da escravização do século XIX”, que fica no hall de entrada do TJAL até o dia 30 de maio. “O tráfico no estado foi intenso e utilizado em muitos aspectos para fortalecer a economia”, explicou o juiz Claudemiro Avelino, curador do Centro de Cultura e Memória. A exposição traz recibos de compra e venda de escravos, processo referente ao enforcamento de um escravo, entre outros documentos históricos. “São documentos que contam uma história triste, mas que, graças a essa história, a gente conseguiu evoluir e vamos lutar sempre pela liberdade”, afirmou Irina Costa, diretora do Centro.
“O TJ de Alagoas está de parabéns. Foi um espetáculo muito bonito. Esses trabalhos de memória estão ligados à promoção de cidadania e direitos humanos. Trabalhar com memória não é só fazer referência ao passado, mas é também mostrar como o Judiciário está no presente e como se projeta no futuro”, destacou juiz Carlos Alexandre Böttcher, integrante do comitê do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname).
Para o desembargador do TJAL Tutmés Airan, o Judiciário tem muito a aprender e a ensinar. “Entre os acertos importantes da nossa Justiça estão a luta pela implementação dos direitos humanos e pela defesa de setores sociais mais frágeis, como as mulheres vítimas de violência doméstica. Outro destaque fica com a posição do Judiciário, com a sua resistência a todo e qualquer ato autoritário que rompa ou ameace romper as instituições democráticas.”
Fonte: TJAL