O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) começa a utilizar o sistema de processo virtual desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já na próxima segunda-feira (29/01).
O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) começa a utilizar o sistema de processo virtual desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já na próxima segunda-feira (29/01). Nesta primeira fase, o sistema será usado na capital, Boa Vista. Para finalizar a instalação do sistema e fazer o treinamento de magistrados e servidores que utilizarão a ferramenta, o Conselho enviou ao TJRR um técnico em informática.
O treinamento começou na manhã desta quinta-feira (25/01) com uma palestra para todos os juizados da capital e segue com apresentações direcionadas. "Começamos com uma grande palestra para todos os interessados. Depois disso, serão feitas pequenas apresentações aos magistrados, aos servidores e à equipe de informática, separadamente", explica o diretor de informática do tribunal, Pedro Vieira.
Segundo ele, a equipe de informática do TJ trabalhará durante todo o fim de semana para que o sistema já possa ser utilizado a partir de segunda-feira em Boa Vista, em fase experimental. "Todos os juízes estão gostando muito. E os servidores, por sua vez, estão perdendo o medo e vendo que a adoção do processo virtual é ideal para a agilidade da Justiça", disse Vieira.
Esta ação do CNJ em conjunto com o TJRR faz parte da agenda de implementação do processo virtual em todo o país. Conselho repassou o sistema, sem custo, para todos os tribunais de justiça. E realizou com eles uma série de encontros para esclarecer dúvidas e discutir aprimoramentos no sistema.
O presidente do TJ de Roraima, desembargador Mauro Campello, é um entusiasta da informatização. "É imprescindível que todas as instituições se sensibilizem para promover a efetiva participação de advogados, membros do Ministério Público, magistrados, servidores e defensores públicos, pois o processo virtual é irreversível. É a entrada definitiva da Justiça na era da informatização", disse.
Para a implementação do sistema de processo virtual, o TJRR já adquiriu 16 digitalizadores de alta velocidade e 30 telas de cristal líquido (LCD). E espera a chegada de mais 150 telas. "O equipamento é mais econômico e prejudica menos a visão", explica Vieira. "Para o TJ, haverá economia de papel e tinta e, para a população, a economia de tempo será a maior vantagem", afirma.
No processo virtual, toda a tramitação é feita eletronicamente, por intranet e internet, facilitando e agilizando o trabalho de todos os envolvidos – partes, advogados, promotores, magistrados – possibilitando mais transparência e agilidade, já que os processos podem ser acessados remotamente, de qualquer local. Além disso, o processo virtual também permite economia e é mais seguro. A tramitação eletrônica de processos foi regulamentada recentemente, com a sanção no último dia 19 de dezembro da Lei nº 11.419.
