TJ da Bahia se compromete com o CNJ para reduzir a morosidade

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Quarta, 15 de Outubro de 2008

A audiência pública realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Bahia nesta quarta-feira (15/10) resultou no compromisso por parte dos dirigentes do Tribunal de Justiça do Estado em adotar medidas para minorar a crise no Judiciário local, onde está concentrada mais da metade da morosidade dos processos de todos os tribunais brasileiros. “Ao voltarmos em maio, espero que a Bahia não seja mais recordista nacional em atraso de julgamentos judiciais, nem tão desprovido de servidores nas varas judiciais”, afirmou o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, que presidiu a audiência pública, ao afirmar que a equipe da Corregedoria no CNJ fará nova avaliação no próximo ano.

Para a presidente do TJ BA, Silvia Zarif, a presença do CNJ foi muito bem-vinda. “Nós fomos vítima do passado e estamos pagando esse preço. A Justiça vive era rudimentar em termos de infra-estrutura e informatização”, afirmou, acrescentando que, se o CNJ existisse há 20 anos, o tribunal baiano “jamais estaria passando por essa situação”.

Segundo a presidente do tribunal, o Conselho tem contribuído para a modernização do Judiciário local por meio de doação de computadores e a implantação do Processo Judicial Eletrônico (Projudi), sistema que elimina o uso de papel na tramitação dos autos. “Recebemos 310 computadores e scanners que permitiram modernizar o nosso sistema, que era muito lento”, assinalou.

Para o ministro Dipp, as ações do CNJ na Bahia dão início a um período de amplo diálogo com o Judiciário brasileiro, principalmente com a Justiça estadual, para que os problemas possam ser resolvidos em conjunto. “É obrigação do CNJ conhecer a realidade, mas nenhum conselho, por mais forte que possa ser, poderá resolver nada sozinho. Nem uma política pública será bem sucedida se não tiver a participação dos juízes, que é quem está frente a frente com o cidadão”, afirmou.

MG/SR

Agência CNJ de Notícias