Nesta sexta-feira (5/7) de muito vento e sol forte, típicos do verão tocantinense, o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) deu mais um passo na consolidação do seu Plano de Logística Sustentável ao doar para o Instituto Natureza Vida (INA) cerca de 11 toneladas de resíduos eletrônicos não utilizados e que, a partir de agora, vão ter a destinação correta. Todo material foi coletado durante a 4ª edição do Drive-Thru de Coleta Seletiva Solidária, realizado em junho.
A entrega foi feita no anexo II do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), em Palmas, e contou com a presença da vice-presidente e presidente da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável (PLS), desembargadora Ângela Prudente, o presidente do INA, Cassius Ferreira Gariglio, os diretores de Tecnologia da Informação e Administração do TJTO, Alice Carla de Sousa Setubal e Ronilson Pereira da Silva, respectivamente, além da engenheira ambiental, Cinthia Barbosa Pires Azevedo representando a Coordenadoria de Gestão Socioambiental e de Responsabilidade Social, além de servidores do INA e do Judiciário.
A desembargadora Ângela pontuou que o Poder Judiciário trabalha durante todo o ano a questão da sustentabilidade e há sempre a preocupação com destinação correta dos resíduos sólidos e, segundo ela, a grande dificuldade hoje logística reversa.
Fico muito feliz de saber que vocês estão aí trabalhando já e com a possibilidade de ampliar esse trabalho que é fundamental, para que a gente possa buscar cada vez mais a preservação do meio ambiente, dando não só a destinação correta dos resíduos, mas também oportunizando a população mais vulnerável, que são os catadores, a também trabalhar já em uma forma organizada, em que eles também sejam valorizados e consigam ter um recurso justo.
Presidente do INA, Cassius Ferreira Gariglio ressaltou que a INA é uma instituição sem fins lucrativos, de direito privado, de interesse público, e que possui a licença dos órgãos competentes do estado “como instituição que faz essa recepção de resíduos para compor a cadeia da logística reversa.” Ele explicou que do material recebido vão tentar recuperar alguns kits para serem entregues a Associações e Cooperativas que são parceiras do TJTO, o restante é destinado para fábricas e indústrias de São Paulo.
“O que a gente encontrou aqui, eu não tinha visto, a não ser nas fábricas, né? Aqui está tudo classificado, às vezes até com marca. Eu tenho tudo organizado, tudo separado, que pra fazer a logística agora é muito simples, muito fácil, né?”, disse Gariglio elogiando o trabalho realizado pela equipe de manutenção do TJTO que separou todos os materiais eletrônicos.
Sustentabilidade no Judiciário
A vice-presidente do TJTO ressaltou o trabalho contínuo que é desenvolvido para conscientizar e promover a política socioambiental. “A gente sabe o quanto é importante, principalmente nessa questão ambiental, unirmos para que a gente possa avançar”, disse, lembrando da iniciativa do Judiciário tocantinense ao criar a Rede TO Sustentável que reúne diversas instituições. “Não só trabalhamos com a parte educativa, ambiental, de disseminação dessa cultura, como também a gente faz o dever de casa.”
E um dos deveres de casa é a política da coleta seletiva que já é realizada em várias comarcas onde existem cooperativas ou associações, como explica o diretor Administrativo do TJTO Ronilson Pereira. “A gente já tem várias comarcas onde têm cooperativa ou associação, nós implantamos a coleta seletiva. E fizemos vários outros projetos de destinação correta, por exemplo, pneus. Nós temos um Termo de Cooperação com a prefeitura que a gente faz essa destinação e transforma pneus em asfalto. Nós temos coleta, anualmente, de lâmpadas. A gente procura aproveitar os bens que são aproveitáveis e doa a entidades filantrópicas.”
A diretora de Tecnologia da Informação, Alice Setubal explicou que existe uma comissão que avalia os bens do Tribunal, os que podem ser reaproveitados, os que podem ser doados. “Como nós temos atualização do nosso parque tecnológico de forma anual, então já é feita essa avaliação todo ano para ver o que pode ser reaproveitado, o que pode ser doado, o que para as instituições e uma forma também de contribuir com o meio ambiente de forma adequada”, explica a diretora Alice Setubal.
Para encerrar, a desembargadora Ângela ressaltou o trabalho constante de aprimoramento da equipe do TJTO e enfatizou “a nossa geração é uma geração que tem esse compromisso não só de viver o presente, mas de possibilitar que as gerações futuras usufruam o que nós estamos podendo ainda usufruir aqui. Ainda mais o nosso estado, um estado maravilhoso, cheio de riquezas naturais.”