Solucionar conflitos é o propósito dos voluntários do TJMT

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A possibilidade de ajudar as pessoas a solucionar seus conflitos foi o que motivou diversos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) a se inscreverem como voluntários nas Centrais de Conciliação e Mediação ou nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. Os voluntários conheceram de perto as técnicas alternativas de solução de conflito em um curso ministrado por técnicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na Escola dos Servidores Desembargador Atahide Monteiro da Silva.

Todos ficaram impressionados com o potencial da mediação e da conciliação. Tatiane Cristina F. da Silva Guerra tem 19 anos de experiência no Judiciário, atualmente é diretora da Secretaria da Turma de Câmaras Criminais Reunidas e é uma das voluntárias. Ela sempre acreditou no potencial das técnicas alternativas de solução de conflito e depois que fez o curso ficou impressionada com os resultados práticos. “Na mediação você consegue alcançar um equilíbrio, porque ambas as partes cedem e conseguem sair vencedoras. Às vezes conseguem resolver um problema que é intrínseco, uma briga de família, uma briga de vizinhos, que poderia virar uma contenda judiciosa, mais um processo dentro desses milhares que ficam abarrotando o Judiciário”, ressalta.

Pacificação social – Para a analista Aurineide Mariano Pereira, participar como voluntária é uma forma de contribuir com a sociedade. Ela também se encantou com as técnicas da mediação e da conciliação. Mais do que resolver conflitos, essas técnicas ajudam a buscar a pacificação social. A servidora explica que o papel fundamental do mediador é auxiliar as partes a buscar caminhos alternativos para a solução do conflito, que resolvem definitivamente o embate, o que muitas vezes não ocorre com o processo judicial. 

“Quando o juiz sentencia, uma parte fica insatisfeita. Esse conflito chega ao fim para uma parte, mas para a outra não, porque ela ainda vai buscar outros meios para continuar aquele litígio. Na mediação isso não ocorre, porque a solução é encontrada pelas próprias partes”, diz Aurineide. As técnicas alternativas de solução de conflito também ajudam a diminuir a demanda que chega ao Poder Judiciário, pois a composição pode ser feita antes mesmo de o processo nascer, ou até mesmo em processos que já estão em trâmite.

Cadastramento – A assessora jurídica da Justiça Comunitária, Maria Helena de Deus Bezerra, que também é voluntária, acredita no potencial da mediação e da conciliação. “Nós podemos sentir que essas técnicas dão resultados, se forem empregadas com seriedade”, observa. O servidor que pretende aderir ao serviço voluntário deve cadastrar-se como candidato junto ao Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Conflito e freqüentar o curso de capacitação oferecido, incluindo o período de estágio supervisionado, necessário à respectiva certificação.

Os telefones para contato são (65) 3617-3658/3617-3659/3617-3831. Os interessados vão atuar como mediadores ou conciliadores, podendo cumprir expediente na respectiva Central ou Centro Judiciário um dia por semana, em horário normal de serviço. O servidor também poderá prestar o serviço voluntário em outros dias, desde que em horários que não conflitem com o seu expediente normal de trabalho.

Do TJMT