Sistema de Justiça no Acre se reúne para debater autos de prisões em flagrante

Você está visualizando atualmente Sistema de Justiça no Acre se reúne para debater autos de prisões em flagrante
Foto: TJAC
Compartilhe

Membros do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) realizaram reunião, na terça-feira (18), com outros representantes do Sistema de Justiça para tratar sobre autos de prisão em flagrante. Realizada pela plataforma Cisco Webex, a reunião foi conduzida pela desembargadora Denise Bonfim, supervisora do GMF, que abordou sobre as Recomendações 62 e 68 do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), que tratam sobre protocolos para as prisões em flagrantes, garantindo os direitos e deveres dos detidos.

A intenção de alinhamento dos procedimentos, segundo a desembargadora-supervisora, é evitar a propagação do novo coronavírus no âmbito dos estabelecimentos do sistema prisional e do sistema socioeducativo. Na ocasião, cada representante das instituições presentes, expôs o fluxo de sua competência a partir do momento do flagrante, no intuito de que o fluxo transcorra sem maiores incidentes nesse momento de distanciamento social.

De todos os assuntos tratados neste contexto de autos de prisão em flagrante, a reserva de uma sala exclusiva nas delegacias, para o detido poder ter acesso ao seu advogado ou defensor público, por videoconferência, foi o ponto chave do encontro. Para o juiz Robson Aleixo, membro do GMF, é um grande avanço para todo o Sistema de Justiça, principalmente nesse período que requer cuidados para evitar a proliferação da Covid-19, a pessoa detida ser ouvida virtualmente pela sua defesa, pois, segundo ele, muitos autos de flagrantes estão com o procedimento deficiente.

A proposta da sala exclusiva nas delegacias aos detidos foi levantada pela juíza-auxiliar da Presidência, Andrea Brito, onde sugeriu que os serviços para oitivas poderiam seguir a mesma estrutura que hoje o TJAC implantou em todos os presídios, para o preso não se deslocar até os fóruns. “Muito breve o judiciário estará voltando às atividades presenciais, mas ainda não há autorização para os presos irem para os fóruns. Não se pode pensar diferente para um preso custodiado. É um desafio, mas a melhor maneira é ele ser ouvido da delegacia por vídeo.”

A sugestão foi aprovada pelos demais participantes, principalmente, pela OAB/AC, que informou já ter enviado ofício à Delegacia de Flagrante, por ter a maior demanda, para poder deferir o procedimento. O delegado-geral de Polícia Civil, Josemar Portes, afirmou que na Defla já estão organizando o espaço efetivar a modalidade de flagrante virtual e que o mesmo será levado para as demais delegacias do interior, em razão de as unidades já contarem com sistema de internet.

Para o GMF, todo o encaminhamento relacionado aos autos de flagrante é importante que siga as recomendações do CNJ para não disseminar a Covid-19.

Fonte: TJAC