A plataforma Sinapses, desenvolvida em uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), foi a vencedora do Prêmio de Inovação na categoria Prestação de Serviços da 3ª edição do Expojud – Congresso de Inovação, Tecnologia e Direito para o ecossistema de Justiça. O Sinapses, inovação disponível para todos os tribunais que utilizam o Processo Judicial Eletrônico (PJe), é uma plataforma dotada de inteligência artificial (IA) que otimiza a realização de tarefas repetitivas e, ao mesmo tempo, garante maior segurança e respaldo para se minutar um processo.
A premiação reconhece e incentiva iniciativas inovadoras que utilizam tecnologias em processos de gestão e novas metodologias no Sistema de Justiça. O presidente da Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e Inovação do CNJ, conselheiro Rubens Canuto, destaca que o prêmio distingue o trabalho e a dedicação das equipes do CNJ e do TJRO em tornar mais ágil o Poder Judiciário brasileiro. “É também um incentivo para continuarmos investindo em Tecnologia da Informação e Comunicação.”
A Sinapses é uma plataforma para desenvolvimento e disponibilidade em larga escala de modelos de IA. Por meio dela, o processo de entrega dos modelos é acelerado em uma escala infinitamente superior ao sistema tradicional. O objetivo é prover uma série de modelos para utilização no PJe, possibilitando utilização pelas diversas versões e que cada tribunal possa construir seus próprios modelos, compartilhá-los e utilizar modelos de outros tribunais. A plataforma opera “em nuvem”.
Justiça 4.0
A Expojud Judiciário Exponencial começou nesta terça e prossegue em debates e painéis temáticos realizados de forma virtual até esta sexta-feira (16/10). A programação inclui debates sobre inovação, tecnologia e empreendedorismo, dentro do sistema judicial.
Entre os painéis da quarta-feira (14/10), está o de apresentação da Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro – PDPJ-Br, aprovada em 22 de setembro sob relatoria do presidente do CNJ, ministro Luiz Fux. A ferramenta tem o objetivo de modernizar o PJe – que permanece como o principal produto do CNJ para promover a expansão do processo eletrônico no país – e criar um ambiente colaborativo para o desenvolvimento de novas funcionalidades que atendam a todos as cortes brasileiras. A iniciativa está alinhada a um dos eixos da gestão de Fux a frente do CNJ, que é dar maior acesso à justiça digital no Brasil.
Representantes do CNJ também participam de painéis sobre decisões por robô e os riscos do enviesamento do modelo algorítimico e Justiça orientada para dados. Para acompanhar o evento, clique aqui.
Alex Rodrigues e Jeferson Melo
Agência CNJ de Notícias