Servidores de diversas áreas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passaram na última semana por um treinamento na sede do CNJ, em Brasília, para conhecer as principais novidades do Processo Judicial eletrônico (PJe 2.0) e aprenderem a utilizá-lo. Foram formadas três turmas, com cerca de 12 alunos cada.
Na quarta e na sexta-feira (1º e 3/6) as turmas eram formadas por servidores da Secretaria Geral, dos gabinetes dos conselheiros do CNJ e da Corregedoria Nacional de Justiça. Na quinta-feira (2), o treinamento, oferecido pelo Departamento de Tecnologia da Informação, foi direcionado a servidores da Secretaria Processual. Nesta segunda-feira (6) passam por treinamento os servidores das demais secretarias e departamentos do CNJ.
Novo layout – Durante o treinamento na semana passada, o instrutor Bruno Miranda Mendes apresentou aos alunos o novo layout do sistema e as novas funcionalidades, como a criação de etiquetas atreladas aos processos. A partir do perfil de cada turma, o instrutor mostrou como executar as principais tarefas de cada área. “A ferramenta em si é a mesma, o que mudou é a apresentação”, explicou o instrutor. “Saímos de uma versão com cara de sistema desktop para algo mais próximo do que a gente tem na web”, afirmou.
Os usuários aprovaram o sistema. “Eu achei que ficou bem moderno, dá para ver que as funcionalidades estão mais inteligentes”, opinou Brenton Crispim, chefe de gabinete do conselheiro Carlos Levenhagen. “É um sistema mais objetivo, que demanda menos cliques para chegar onde a pessoa precisa”, complementou.
Etiquetas – Uma das novidades que mais chamaram a atenção dos servidores foi o uso de etiquetas (tags), que facilitará o acesso aos processos. É possível, por exemplo, usar uma mesma etiqueta para uma série de processos com determinadas características em comum e depois acessar com facilidade todos estes processos.
“Acredito que a pesquisa nele ficará bem mais fácil. A questão da etiquetagem dos processos é legal, porque a pessoa poderá selecionar os processos pelas etiquetas”, afirmou Jordana Ferreira de Lima, assessora do gabinete do conselheiro Norberto Campelo. Segundo Bruno Miranda Mendes, no novo sistema os servidores de uma mesma área ou gabinete passarão a conversar e a se organizarem tendo como referência as etiquetas dos processos e não mais as caixas virtuais onde eles eram reunidos.
Outra novidade é que no novo sistema não haverá mais a abertura constante de janelas em modo pop-up, como na versão 1.0. “O fato de o sistema não ficar abrindo várias telas, como no 1.0, vai ajudar bastante”, acredita Jordana Ferreira de Lima. “Há muitas melhorias no layout, na aparência do sistema. Acho que a diminuição de cliques e a facilidade de se encontrar o que precisa facilitarão bastante o trabalho das áreas”, afirmou Davi Alvarenga, chefe da Seção de Autuação e Distribuição da Secretaria Processual.
Contribuição – Ao longo do treinamento também foram coletadas sugestões de melhorias apresentadas pelos usuários após o primeiro contato com o sistema. As propostas serão encaminhadas ao Comitê Gestor do PJe. “Neste primeiro momento será fundamental a participação dos usuários do CNJ porque o foco deste novo sistema é o usuário, então ele tem que ser bom para este público. A ideia é que os servidores possam contribuir com sugestões para o êxito do sistema”, explicou Bráulio Gusmão, que é gestor de projetos de informática do CNJ e juiz auxiliar da Presidência do CNJ.
O PJe 2.0 foi disponibilizado para testes com os usuários do CNJ no dia 27 de maio. A expectativa é que esteja disponível para os advogados que atuam no CNJ a partir do dia 14 de junho. Ainda em junho, será submetido a teste nos tribunais.
Tatiane Freire
Agência CNJ de Notícias