Servidores do TJMT visualizam vantagens de processo eletrônico em curso

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Vislumbrado como um divisor de águas para o Poder Judiciário, no sentido de atender aos anseios e às demandas dos servidores, magistrados e usuários da Justiça, o Processo Judicial Eletrônico (PJe) foi alvo de mais um curso na última terça-feira (18/10), na Escola dos Servidores Desembargador Atahide Monteiro da Silva. Cerca de 20 servidores, entre gestores e analistas de comarcas, participam da capacitação ministrada ao longo de todo o dia de ontem.

Para a servidora Eloísa Siqueira, analista judiciária da Comarca de Diamantino ( localizada 208 quilômetros a médio norte de Cuiabá), assim como o sistema Apolo, já utilizado pela Justiça Estadual, o PJe possibilitará uma nova realidade ao Judiciário. “Hoje todos utilizam a internet. Até mesmo a minha mãe de 80 anos navega pela rede. É necessário que o novo sistema seja bastante prático”, assinalou a analista a respeito do PJe.
 
Burocracia – Já para a analista Margareth Sulamirte Ferreira Paes, da Escola dos Servidores, o PJe diminuirá a burocracia. “Será muito bom para o Judiciário. Vai encurtar os caminhos e facilitará muito também a rotina dos advogados. É como se eles entregassem o feito diretamente ao magistrado”, sustentou.

O curso foi promovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (TI), dando prosseguimento à capacitação dos servidores na execução do processo eletrônico. O tema foi Regra de Negócio, oportunidade em que os servidores puderam conhecer minuciosamente o funcionamento do cadastro de processos.

O facilitador da capacitação, Nuno Lopes, que é o gerente de projetos da empresa Infox, informou que pelo sistema será possível obter estatísticas e relatórios. “Podemos saber quantos processos termos em determinada vara e seus temas, por exemplo. Tudo estará registrado e terá fácil acesso”, pontuou.

Celeridade – Para as gestoras das comarcas de Nova Mutum (264km a norte de Cuiabá) e Rondonópolis (212km a sul), respectivamente, Ronise de Almeida e Najela Marien Pereira, o PJe, por ser desenvolvido exclusivamente por via eletrônica, auxiliará na celeridade dos trâmites judiciais. “Tivemos o primeiro contato com o sistema e ainda dependemos de configuração para a nossa realidade. Mas uma coisa é certa, os servidores trabalharão com atividade intelectualizada“, destacou Ronise. “Entendo que os procedimentos do magistrado serão encurtados, bem como o acesso ao processo, que poderá ser feito de qualquer lugar que tenha acesso a internet. O processo não pára”, disse Najela.

A gestora da Comarca de Itaúba (600km a norte de Cuiabá), Karine Rodrigues, afirmou que muito em breve os próprios servidores poderão ministrar cursos a outros servidores da Justiça de Mato Grosso. “Tivemos contato com o sistema e penso que logo dominaremos o assunto, podendo repassar os conhecimentos a outros colegas“, observou a gestora.

Do TJMT