Implantar uma cultura de paz e ao mesmo tempo reduzir o número de processos no Judiciário. Com esta missão, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) iniciou nesta segunda-feira (21/11) a XI Semana Nacional de Conciliação, idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e seguida pelos tribunais de todo o país.
O presidente do TJPI, desembargador Erivan Lopes, esteve presente no auditório do tribunal para o lançamento da campanha, que é coordenada pelo desembargador Ribamar Oliveira. Ao falar deste momento importante, o desembargador Ribamar Oliveira ressaltou que este ano o TJPI inova e coloca para conciliação também processos do 2º grau.
“Esta semana aqui no Piauí tem uma novidade, que é a proposta de incluir para conciliação e mediação processos do 2º grau. É uma forma de desafogar o já superlotado Judiciário e ampliar o leque de solução dos conflitos, porque quando as partes chegam a um acordo, e isso será possível com a intervenção de conciliadores e mediadores, isso reduz os processos no tribunal”, destaca o coordenador, desembargador Ribamar Oliveira.
Entre processos do 1º e 2º grau estarão aptos à conciliação e mediação mais de 1.300 processos. Ao todo, 71 mediadores atuam nas audiências tanto no tribunal de Justiça como no Fórum Central. Para o coordenador do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc), juiz Paulo Roberto, a grande marca desta Semana no TJPI será o fato de que todos os mediadores do 1º grau são voluntários.
“São 60 ao todo, todos capacitados pelo Núcleo Permanente de Solução de Conflitos (Nupemec), alguns formados e outros em formação. Quanto à Semana da Conciliação, esta já faz parte do calendário do judiciário nacional e tem como proposta, não desafogar o Judiciário em um primeiro plano, mas difundir entre as pessoas uma cultura de paz e a ideia de que seus conflitos podem ser resolvidos de uma outra forma que não pelo Judiciário, mas por meio dos acordos. Dessa forma, se as pessoas deixam de ajuizar ações, certamente vai diminuir o número de processos que tramitam no Judiciário”, explica o magistrado.
Fonte: TJPI