A comarca de Pedreiras, no Maranhão irá realizar, de 23 a 25 de novembro, seminário pela não-violência contra a mulher. A iniciativa da juíza da 2ª Vara, Lewman de Moura Silva, contemplará também os habitantes de Trizidela do Vale, termo judiciário da comarca.
Em reunião com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Raimundo Freire Cutrim, a juíza explicou que a iniciativa coincide com a Semana Nacional de Combate à Violência contra a Mulher. Segundo Lewman de Moura Silva, cerca de 2.500 processos tramitam na comarca de Pedreiras, dos quais aproximadamente 300 relacionados à violência doméstica.
Um seminário abrirá a programação às 15h do dia 23. Serão palestrantes os juízes Douglas de Melo Martins, coordenador do Núcleo de Atenção ao Preso no Maranhão, e Sonia Amaral, coordenadora do Núcleo de Planejamento Estratégico do Judiciário maranhense.
Depoimentos de vítimas – No seminário, com a participação de representantes do Ministério Público estadual, serão apresentados depoimentos de vítimas e de acusados que cumprem medida alternativa, música e uma peça de teatro.
No dia 24, em Trizidela do Vale, será oferecido café da manhã para vítimas, acusados e suas famílias. Haverá apresentação de músicas e peça relacionadas à violência doméstica, além de palestras com psicólogo e com o frei José de Ribamar Cardoso Lima.
O dia 25 será dedicado à Ação Social da Mulher, com presença das secretarias de Saúde e Assistência Social de Pedreiras, universidades, com prestação de serviços de registro de nascimento, título de eleitor, salão de beleza e outros, todos voltados para a mulher. O evento será encerrado com caminhada e missa ecumênica.
Acompanhamento – A juíza Lewman Silva conta que os agressores que cumprem pena alternativa estão sendo acompanhados por psicólogos, e diz que alguns trabalham no fórum da comarca e outros vão nos ajudar no seminário.
“É um trabalho de, mais ou menos, um ano na nossa vara, e tem surtido bastante efeito, porque a gente tem inúmeras denúncias, a gente aplica inúmeras medidas protetivas em relação a mulheres, e eles cumprem direitinho a medida que a gente aplica, porque têm medo de ir para a prisão”, explicou a magistrada.
Autor do projeto que criou as Varas Especiais de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Imperatriz e de São Luís (a primeira quando corregedor-geral da Justiça), o desembargador Raimundo Freire Cutrim desejou êxito a Lewman de Moura Silva.
Fonte: TJMA
