Rio avalia aplicação de novas tecnologias na solução de conflitos

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As novas tecnologias e suas consequências em relação às projeções nas relações de trabalho, na resolução de conflitos online e as experiências da mediação nas áreas da saúde e financeira foram os temas abordados na tarde desta quarta-feira, dia 7, no primeiro dia  do Congresso Internacional sobre Inovação e Mediação, que faz parte do VI Fórum Nacional de Mediação e Conciliação (Fonamec), realizado na Escola da Magistratura do Estado do Rio (Emerj).

A futurista e executiva de Negócios Digitais Ligia Zotini Mazuerkiewicz abriu a programação da tarde com a palestra “Um dia em 2037 – O Futuro do trabalho e das Relações”, abordando a vida de Jéssica, personagem fictício, e sua relação no ambiente de trabalho no futuro com as novas tecnologias. O desembargador José Carlos Ferreira Alves, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, atuou como moderador, e Viviane O’Connor, membro do International Technology Law Association (ITECHLAW), como debatedora.

Abordando o tema “Resolução de Disputas Online: Perspectiva Internacional”, o vice-presidente de Online Dispute Resolution, da empresa de tecnologia americana Tyler Technologies, Colin Rule, apresentou as diversas formas de utilização do sistema Modria, uma das plataformas mais destacadas no mundo utilizadas na solução de conflitos online.

“A adoção de métodos alternativos para solução de conflitos tem se mostrado um caminho sem volta em todo o mundo”, destacou. Como moderador, atuou o juiz  Alexandre Lopes de Abreu, juiz coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, enquanto Carlos Butori, da Tyler Technologies, atuou como debatedor.

No painel abordando os temas “Inovação e solução de Conflitos por Comitê de Resolução de Disputas” e “Conflitos na arbitragem internacional em relação ao Brasil: applicable law, legal reasoning e precedent”, o britânico  Murray Armes, árbitro, mediador e especialista em Dispute Boards (comitês de Resolução de disputa) , explicou sobre seu funcionamento.

Nesse método de solução de conflitos, os membros dos comitês atuam durante a execução dos contratos, gerenciando e prevenindo as possíveis divergências e conflitos que possam surgir a partir de um desgaste nas relações.

Em seguida, Marcio Guimarães, professor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, relacionou as situações onde o Dispute Boards devem atuar na vida das companhias no Direito Societário, nos casos de fechamento de capital; fusão, cisão e incorporação; operações de vulto e estratégicas, citando como exemplo, a decisão da Petrobras de vender a refinaria Pasadena, nos Estados Unidos; e nos conflitos envolvendo acionistas que coloquem em risco a própria sobrevivência da empresa.

No painel, o diretor de Dispute Boards do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragrem, Augusto Barros de Figueiredo, atuou como moderador.Encerrando a programação do primeiro dia do congresso, Eduardo Gil, diretor jurídico da Amil; Gisele Wainstok, consultora externa da Unimed-Rio; e Tiago Correa, superintendente do Itaú, participaram do painel “Conflitos: Prevenção, Gestão e Solução – Centros Compartilhados de Mediação nas Áreas da Saúde e Financeira”, apresentando as soluções empregadas pelas empresas na busca da resolução de conflitos com seus clientes.

Atuando com moderador do painel, o presidente do Fonamec, desembargador Cesar Cury, aproveitou para agradecer a participação de todos os palestrantes, ressaltando a qualidade dos debates. “Faço questão de registrar a relevância dos temas e dos debates. Não é toda hora que temos exposições tão pertinentes e atualizadas como as que tivemos a oportunidade de assistir hoje, no primeiro dia do Fonamec.”

Agência CNJ de Notícias