Ponte quebrada, pneu furado e estrada de terra foram apenas alguns dos desafios que o Ribeirinho Cidadão, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e da Defensoria Pública do estado, precisou superar já no seu primeiro dia de trabalho. A equipe foi levar cestas básicas, kits de higiene e roupas até as comunidades de Agrovila das Palmeiras e Santa Elvira, localizadas no município de Santo Antônio de Leverger (MT).
“Tivemos bastante dificuldades para chegar até essas comunidades por conta de uma ponte que estava quebrada. Foi preciso refazer a rota e atravessar os carros por dentro do rio. Além disso, também tivemos alguns percalços, como um pneu furado. Mas, nada disso nos impediu de seguir em frente”, contou a gerente do Ribeirinho Cidadão, Tatiane Guerra.
De acordo com o juiz coordenador do Ribeirinho Cidadão, José Antônio Bezerra Filho, esses obstáculos fazem parte do projeto, que já se encontra em sua 14ª edição. “O mais importante foi que conseguimos cumprir nosso cronograma e chegar até as comunidades que esperavam ansiosamente pelas doações. O grande diferencial do projeto é justamente este. Ao irmos além da cidade, conseguimos ajudar famílias que raramente são auxiliadas em razão de viverem em localidades de difícil acesso.”
Ajuda
Moradora da comunidade de Santa Elvira, Marizele conta que a situação financeira da família se agravou com a pandemia. “Estou desempregada e moro com minha filha na casa dos meus pais. Com a chegada da pandemia, a situação piorou bastante e está mais difícil arrumar serviço. Por isso, essas doações vão ajudar muito a garantir a nossa alimentação.”
A manicure Marlene Soares da Silva concorda. “Caiu bastante o número de clientes na pandemia e minha renda diminuiu. A ajuda do Ribeirinho Cidadão veio em uma boa hora. Com certeza a vinda de vocês com estas doações todas vai ajudar bastante a gente a atravessar esta pandemia com um pouco mais de dignidade.”
Para conseguir manter o projeto durante a pandemia, o Ribeirinho Cidadão precisou se reinventar. Para isso, construiu um novo formato, substituindo a tradicional caravana de parceiros e voluntários, por uma equipe enxuta, que reduziu o número de atendimentos, mas reforçou as medidas de biossegurança.
Fonte: TJMT