O projeto Ressocializar Para Não Prender, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), já cumpre sua missão e recoloca para o convívio social pessoas que foram presas, mas que decidiram entrar no caminho da ressocialização.
Importante ferramenta contra o ciclo vicioso (droga-crime-prisão-liberdade-droga…), o programa é desenvolvido pela Central de Inquéritos de Teresina, através do juiz Luís de Moura, em parceria com instituições parceiras, como a Fazenda da Paz e Casa do Oleiro, que atuam no processo de ressocialização.
“Nós quebramos um ciclo que havia. O indivíduo era preso, voltava para a rua e novamente era preso. Com a equipe multidisciplinar do programa, os presos são avaliados e se eles concordarem e se for o caso de enquadramento ao programa, eles são encaminhados para uma das comunidades terapêuticas para tratamento. E nós temos conseguido um índice de 92% de sucesso na reinserção social”, destaca o presidente do TJPI, desembargador Erivan Lopes.
Como resultado de todo o trabalho, alguns ressocializandos já estão saindo do tratamento e voltando a viver em sociedade, com suas famílias e até mesmo se inserindo no mercado de trabalho.
E foi para celebrar esta mudança de vida dos ressocializandos que a Casa do Oleiro realizou um importante evento, com a presença do presidente do TJPI, do juiz da Central de Inquéritos Luís de Moura e demais autoridades representando os órgãos parceiros.
O pastor Gouveia, diretor da Casa do Oleiro, explicou a importância do momento celebrado na instituição e como tem sido importante a parceria com o tribunal.
“O que tivemos foi uma cerimônia de graduação (encerramento do processo terapêutico) de 26 pessoas, 18 homens e 8 mulheres. Pela primeira vez na história do Piauí oito mulheres são graduadas dentro de um processo como este. Destaco ainda a importância das parcerias que temos, em especial a firmada com o Tribunal de Justiça do Piauí, porque por meio dela podemos acolher um grupo de pessoas que outrora ficava à margem, fora dessa possibilidade. As pessoas que chegam aqui por meio da Audiência de Custódia nos alegra muito o coração porque ganham uma nova chance no momento em que já estavam partindo além do vício e entrando para a criminalidade. Poder resgatar essas pessoas do vício e da criminalidade é um privilégio. De modo que esta parceria no deixa muito felizes. Parabéns ao Tribunal e às pessoas que pensaram esta iniciativa, em evidência Dr. Erivan e Dr Luís de Moura, enfim, ao TJPI e toda sua equipe”, afirma o diretor.
A Casa do Oleiro pode acolher até 220 pessoas, sendo 40 mulheres e 180 homens. Também comporta 30 adolescentes, sendo a primeira unidade de acolhimento a adolescentes exclusiva para esta função no estado. O acolhimento é feito por um regime especial temporário de seis meses, em que as pessoas moram na residência durante seis meses de forma gratuita.
Fonte: TJPI