Os 21 participantes da formação de mediadores judiciais receberam, na última semana, seus certificados de conclusão do curso, e agora, além de levarem a mediação para o seu dia a dia, passam a integrar o quadro de 79 mediadores voluntários do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Como a advogada Bruna Turra Cabral, que pretende utilizar o conhecimento obtido em seu escritório. Para a nova mediadora, as técnicas, aplicadas da maneira correta, fazem a mediação fluir muito bem, sendo mais um mecanismo de Justiça para o no estado.
A desembargadora Janete Vargas Simões, coordenadora do Núcleo de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) parabenizou todos que concluíram o curso e desejou uma caminhada pautada nos preceitos que aprenderam e vivenciaram durante a formação. “Esperamos que vocês tenham, realmente, uma atuação voltada para entender e ser uma ponte nos conflitos em que vão atuar”, ressaltou.
A coordenadora do Nupemec também destacou a atuação das instrutoras Paula Morgado Horta Monjardim Cavalcanti, Lavínia Vieira de Andrade Souza, Jaklane Almeida e Jussiara dos Santos Martins de Souza. As servidoras do TJES, capacitadas em mediação judicial pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram responsáveis por acompanhar os mediadores em formação tanto na parte teórica, como na parte prática.
A cerimônia contou ainda com a presença do vice-presidente do TJES, desembargador Fabio Clem de Oliveira; da vice-presidente do Fórum Nacional de Direito de Família, juíza Maria Jovita Ferreira Reisen; do presidente da Associação dos Magistrados do Espírito Santo, juiz Ezequiel Turíbio; do coordenador do Núcleo Permanente de Autocomposição do Ministério Público Estadual (MPES), promotor Francisco Martinez; da vice-presidente da OAB-ES, advogada Simone Silveira; e do coordenador Cível da Defensoria Pública, defensor Giuliano Monjardim.
Os convidados representaram as instituições que atuaram na parte prática da formação e que vem atuando, conjuntamente, na construção da política de pacificação social. O promotor de Justiça Francisco Martinez disse que o MPES está abraçando a causa da autocomposição e pretende implementar projetos voltados para a mediação, para a negociação e para as práticas restaurativas.
O defensor Giuliano Monjardim lembrou que a Defensoria Pública tem atuado de forma predominante na extrajudicialização de conflitos. “Esse projeto do Tribunal de Justiça é um trabalho importante, que vem ao encontro a um trabalho que a Defensoria também tem exercido”, destacou Monjardim.
A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo, Simone Silveira, parabenizou a desembargadora Janete Vargas Simões, coordenadora do Nupemec; o advogado José Eduardo Silva, presidente da Comissão de Direito e Família da OAB-ES; e todos os formandos. “O dia de hoje é uma homenagem a vocês que se predispuseram e se oferecem à sociedade com essa qualificação que, eu tenho certeza, é de excelente nível, proporcionando às partes, aos interessados, a busca de uma solução mais definitiva”, ressaltou a advogada.
Além da entrega dos certificados, o evento contou com palestra proferida pela psicanalista Cláudia Pretti Vasconcellos Pellegrini, integrante da Escola Lacaniana e coordenadora do Fórum Clínico da Infância e Adolescência, com o tema “Guarda: A importância do contato da criança com os genitores”.
Para a psicanalista, o papel do mediador é fundamental para as questões de família, “porque quando há um rompimento de um casamento, um divórcio, as crianças ficam, às vezes, um tempo grande para se adaptar a essa nova configuração familiar. E, dependendo da situação e da maneira como os pais conduzem isso, há um afastamento muito grande, durante um tempo muito grande, da criança de um dos genitores, nesse sentido, se os mediadores conseguirem intervir para que esse tempo seja diminuído e para que a criança possa estabelecer uma rotina, um pouco melhor e mais rapidamente, neste novo arranjo, eles terão sido preciosos para a subjetividade desta criança”, disse ela.
Fonte: TJES