Projeto “Matemática do Amor” leva a Lei Maria da Penha para escola municipal sergipana

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Foto: Raphael Faria / Dicom TJSE
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A Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) realizou mais uma etapa do projeto Matemática do Amor, que leva para crianças e adolescentes informações sobre violência contra a mulher e Lei Maria da Penha. Na manhã de hoje, a juíza Jumara Porto e a assistente social Shirley Leite estiveram com alunos dos 4o e 5o anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Rachel Cortês, no bairro José Conrado de Araújo, em Aracaju, 15a instituição de ensino visitada pelo projeto. A ação integra a Semana da Justiça pela Paz em Casa.

“São crianças extremamente inteligentes, curiosas, então valeu muito a pena falar sobre violência contra a mulher com eles. Precisamos compreender que se não trabalharmos esse tema com crianças e adolescentes será um enxugar gelo sem fim. Tratando a criança, a gente evita que a violência ocorra. Então, o projeto Matemática do Amor é de suma importância”, disse a juíza.

Além levar para os alunos a cartilha sobre Lei Maria da Penha, da Coleção Em Miúdos, do Senado Federal, a juíza falou sobre os cinco tipos de violência doméstica e esclareceu várias dúvidas que surgiram durante o bate-papo. “Geralmente é assim em todas as escolas que vamos, de acordo com a idade surgem dúvidas bem diferentes. A gente precisa desnaturalizar a violência e isso só acontece conversando a respeito”, considerou a magistrada.

“Eu achei muito legal conversar com a juíza hoje e aprendi coisas que eu não sabia ainda, como o número para discar quando alguém tiver apanhando e sofrendo, que é o 180”, disse a aluna Eline Silva, de 10 anos. Já Davi Santana, 11 anos, comentou que nunca tinha conversado com uma juíza. “Eu aprendi que existem vários tipos de agressão, a verbal, a física, a moral, a patrimonial, que é quando você pega as coisas dos outros e fica quebrando ou gasta todo o dinheiro”, enumerou Davi.

Segundo a professora Ana Paula Cruz, do 5o ano A, ações desse tipo aproximam o Judiciário da população. “Eles estudam sobre o Judiciário, Executivo e Legislativo, mas as pessoas que trabalham nesses Poderes ficam muito distantes deles. O juiz vindo aqui, traz uma relação mais próxima. Isso é muito legal. Já tivemos juízes que conversaram com os pais, mas tão perto dos alunos foi a primeira vez. Tá sendo muito rico”, analisou a professora.

Durante o encontro, os alunos aproveitaram para perguntar sobre outros temas, como agressões contra crianças, crimes cometidos por rede social e bullying. “No 5o e 4o anos, a gente trabalha de algumas leis, principalmente o Estatuto da Criança. Mas sempre convidamos palestrantes da área e eles têm uma ideia sobre outras leis, como a Maria da Penha”, informou a professora Ana Paula.

Fonte: TJSE

Macrodesafio - Garantia dos direitos fundamentais