Projeto do TJDFT trabalha a prevenção contra a violência

Compartilhe

Existe prevenção e solução para a violência. Acreditando nisso, o Projeto “Prevenir é Poder – A Justiça e a Terapia Familiar na construção da paz e da não-violência” capacitou mais de cem profissionais da Rede Pública de Saúde e Educação. O projeto é uma parceria do TJDFT, por meio do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e do Instituto de Pesquisa e Atendimento Psicossocial (INTERPSI), ligado à PUC de Goiás.

A iniciativa surgiu do Juizado, que decidiu estabelecer uma parceria com o INTERPSI, pensando na prevenção contra a violência que atinge não só as mulheres, mas a população como um todo. A juíza e diretora do Juizado, Maria Isabel da Silva, apoiou e realizou o projeto, que começou no último sábado, dia 24 de abril.

O projeto Prevenir é Poder já existe em São Paulo. Ele foi criado por uma professora do INTERPSI, para trabalhar em situações pós-traumáticas. O Tribunal, em parceria com o instituto, desenvolveu o mesmo projeto, mas voltado para a questão da violência, a fim de capacitar profissionais da área de saúde, serviço social e educação. Foram quase 150 pessoas, entre psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros que participaram do workshop de 10 horas, realizado na Faculdade de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS), que também apoiou o projeto

O workshop foi dado por uma equipe de 28 psicólogos e uma assistente social, alunos do INTERPSI, sendo cinco psicólogos do TJDFT. O público foi dividido em cinco grupos para trabalhar a violência contra crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos. De forma teórica e através de técnicas psicodramáticas, os grupos aprenderam como e quando ocorrem as situações de violência, quais são os fatores de risco e como as pessoas podem se ajudar e ajudar as vítimas da violência a se prevenirem.

O curso também ensinou uma técnica para ser utilizada em situações pós-traumáticas, desenvolvida por uma psicóloga americana. A técnica se baseia no princípio de que, por meio de movimentos oculares e estímulos bilaterais do cérebro (o lado racional e o emocional), as lembranças dos traumas passados são significativamente mudadas e se alcança, em curto prazo, um equilíbrio entre o emocional e o racional.

A intenção do projeto é não somente beneficiar os profissionais que fizeram o curso, mas também as pessoas atendidas por eles. De acordo com a juíza Maria Isabel, a intenção do Tribunal é ampliar o projeto para as escolas e outros grupos menores. Esse foi, inclusive, um pedido do Secretário de Saúde, Joaquim Carlos da Silva Barros Neto, e dos professores que estavam no workshop. A previsão é de que em agosto deste ano, o projeto promova um novo curso.

 

Fonte: TJDFT