Em Mato Grosso, a reunião do Projeto Piloto de Diagnóstico e Fortalecimento dos Judiciários, na sexta-feira (11/3), serviu para alinhar expectativas e apresentar resultados. A Coordenadoria de Recursos Humanos apresentou as próximas ações aos juízes responsáveis pelas 14 varas onde o projeto é desenvolvido. Foram abordadas apenas questões relativas à alocação de recursos humanos. O projeto é realizado em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na abertura da reunião, o juiz auxiliar da Presidência João Thiago Guerra destacou que o Tribunal de Justiça (TJMT) foi escolhido por apresentar números, indicadores e estrutura possíveis de receber o projeto modelo e obter o resultado esperado. No projeto, o estado representa os tribunais de médio porte. Já os de grande porte são representados por Minas Gerais, e os menores, por Tocantins.
“O desenvolvimento das ações traz a clara ideia de padronização. Nós buscamos sair de um modelo empírico de distribuição de recursos humanos para alcançarmos a proposta de unidade judiciária ótima, multiplicando o padrão de bom atendimento e replicando para outras unidades”, enfatizou o magistrado. O projeto é desenvolvido em 14 unidades judiciárias de Cuiabá, sendo nove varas cíveis e outras cinco de Fazenda Pública. A proposta é comparar unidades iguais.
Capacitação – O coordenador de Recursos Humanos, Carlos Campelo, explicou a necessidade de medir o trabalho das secretarias de varas e gabinetes. “Quem não mede seu trabalho não faz progresso. A nossa proposta hoje é melhorar a produtividade de cada setor por meio de capacitação e padronização. Trabalhamos com ferramentas de gestão que vão nos possibilitar o melhor resultado dentro da capacidade produtiva que cada pessoa tem. Não tendo o resultado esperado dentro do indicador estabelecido para o servidor, atuaremos para dar condições para que o colaborador consiga alcançar o índice esperado”, destacou.
O foco é combater causas, não problemas, diz Campelo. Estão previstas capacitações e partilha de boas práticas em oficinas. “Como é um projeto piloto, vamos adequar as unidades dentro da condição máxima necessária para ter a quantidade certa de pessoas para produzir aquilo que é esperado, baixar a taxa de congestionamento, que é dar celeridade e resposta à sociedade. Terminando esta fase piloto, vamos expandir para as demais unidades até atingir todo o estado”, informou.
A Corregedoria-Geral da Justiça é parceira do projeto. “Não vemos outra maneira de melhorar a eficiência de nosso serviço se não for por meio de instrumentos capazes de medir a produção. Estamos criando instrumentos de gestão, pois fomos escolhidos pelo Conselho Nacional de Justiça para fazer isso e estamos cumprindo esta determinação com as unidades judiciárias da capital”, explicou a desembargadora Maria Erotides Kneip, corregedora-geral da Justiça. A próxima reunião deve ser realizada em maio.
Fonte: TJMT