Projeto da Justiça Restaurativa sensibiliza profissionais da educação em Camboriú (SC)

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Foto: Ascom TJSC
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Mais de 130 profissionais da educação, como diretores, supervisores e orientadores escolares da rede municipal, participaram de uma sensibilização para entender a metodologia do círculo de construção de paz da Justiça Restaurativa, norteadora do projeto Escola Restaurativa – que objetiva promover reflexões para melhorar os relacionamentos interpessoais e transformar conflitos na comunidade escolar por meio de rodas de conversa. As oficinas foram ministradas na última semana, nas salas de aula da Escola Básica Municipal João Virgílio Pereira, no bairro Cedros, em Camboriú.

A juíza Karina Müller, diretora do foro da comarca de Camboriú e titular da Vara da Família, Infância, Juventude, Idoso, Órfãos e Sucessões daquela unidade, participou da atividade, que foi o primeiro passo para alcançar 17 mil alunos do ensino municipal de Camboriú. Para ela, a experiência de sensibilização dos gestores da rede municipal de educação de Camboriú foi muito positiva, na medida em que muito se fala em Justiça Restaurativa, mas poucos têm a oportunidade de vivenciar os círculos de construção de paz. A próxima etapa será a escolha dos 25 gestores que serão capacitados para, no futuro, serem os multiplicadores.

“É importante registrar que a vivência oportunizada pela Escola Restaurativa faz parte de uma das etapas da implementação do programa ‘Justiça Restaurativa nas Escolas de Camboriú: diálogo, pertencimento e corresponsabilidade’, que se assenta em três pilares: oportunizar e encorajar o diálogo, por meio de trocas de experiências, para que todos sejam ouvidos e tenham voz;  fazer com que todos se sintam pertencentes ao ambiente escolar e à comunidade em que estão inseridos, participando ativamente na elaboração das regras de convívio e da solução dos problemas; e reforçar o ideal de corresponsabilidade, para que todos se sintam responsáveis e atuem positivamente na construção de um ambiente justo e pacífico para toda a comunidade institucional”, ressalta a magistrada.

Para a promotora de justiça Caroline Cabral Zonta, da 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Camboriú, que atende a área da infância e juventude, a sensibilização foi importante para eles entenderem o método usado pelos facilitadores para realizar uma prática restaurativa e educativa que busque prevenir a violência escolar e mediar conflitos, oportunizando a escuta ativa e respeitosa das situações que permeiam a convivência escolar.

Além da magistrada e da promotora de justiça da comarca de Camboriú que atuam na área da infância e juventude, participaram da sensibilização servidores das instituições que compõem o Grupo Gestor de Justiça Restaurativa no Estado de Santa Catarina (GGJR-SC), que são os facilitadores nas oficinas, além dos integrantes da gestão escolar do município e da secretária municipal de Educação, Maria Alice Pereira.

Sobre o projeto Escola Restaurativa

A Escola Restaurativa foi pensada no GGJR-SC, composto de entidades como o Poder Judiciário, o Governo do Estado, por meio de suas secretarias, a Defensoria Pública Estadual, a OAB/SC, a Fecam, a Udesc e a Unisul. A formatação do projeto foi idealizada pelo Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA), do MPSC, que adapta os encontros à necessidade de cada escola.

O projeto é uma iniciativa inspiradora e demonstra como a Justiça Restaurativa pode contribuir para a melhoria dos ambientes educacionais e o fortalecimento dos laços interpessoais. Por meio do diálogo aberto e da criação de espaços seguros para a expressão, alunos e professores estão aprendendo a lidar com conflitos de maneira construtiva, promovendo uma convivência mais harmoniosa e produtiva (com informações do MPSC).

Fonte: TJSC