O novo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador José Carlos Malta Marques reiterou, em seu discurso de posse, a importância do Poder Judiciário na conjuntura atual, fazendo referência ao papel do magistrado e da Justiça na construção de uma sociedade melhor.
“A quadra que a vida brasileira atravessa prenhe de dificuldades de toda ordem. Nascem a partir de uma grave crise econômica mundial, talvez originária de um arcaico e superado modelo capitalista de regência econômica da vida de diversos povos de todo mundo. (…) É nesse contexto que se posta de fora o Poder Judiciário brasileiro, no qual estamos inseridos. Temos um quadro de magistrados e servidores que dignificam as funções que exercem. Dedicados, revelam-se contra-prestadores da recompensa de que são credores, e paga pelo Estado”, disse o desembargador-presidente.
José Carlos Malta também lembrou do compromisso com as recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que dizem respeito à formulação dos planos de ações administrativas para servir de norte à condução do Poder. “Debruçamo-nos, durante aproximadamente 120 dias, na realidade do nosso Poder.
Atingimos suas entranhas. Perscrutamos todos os setores por meio de seus titulares, visitamos nossa realidade interna e procuramos saber qual a visão externa da nossa instituição, e hoje dispomos de valioso instrumento de orientação”, concluiu.
Compondo o pleno do TJ desde 2006, o atual presidente ascendeu à Corte estadual pelo quinto constitucional, ocupando a vaga destinada aos membros do Ministério Público. No biênio 2009/2010 foi corregedor-geral da Justiça. “A provocação própria de um homem da casa, que agora em outra, tem também que compartilhar institucionalmente das preocupações ora enfocadas. E o faço bem à vontade, por saber mesmo que muito de minha visão da realidade social, tem origem na minha concepção de vida formada naquela instituição”, relatou, referindo-se ao Ministério Público de Alagoas.
Conduzido à mesa solene do Tribunal, ao som de Santana dos Meus Amores, o presidente José Carlos Malta Marques não escondeu, durante seu discurso, o apego às raízes do sertão. “Volto meus olhos para o para meu passado de vida. E me olho mais uma vez e ainda sem saber atingir a definição que tanto busco. Filho da minha querida Santana do Ipanema, mergulhador do rio Ipanema, lá incondicionalmente presente, sem jamais ter saído daquela terra e esquecido do seu povo, renovando sempre meus compromissos de amizade incondicional, seus valores, seus costumes, rendo-me a esta condição e defino-me como um ‘Matuto Desembargador’”, confessou, lembrando de seus pais, Seu Abdon e Dona Enedina.
“O magistrado terá que estar sempre revestido da prudência sem covardia. Da simplicidade sem pobreza no julgar. Da frieza sem descuramento. Do equilíbrio sem uso de artifícios. Do sentimento de Justiça sem qualquer ranço de favorecimento. De autoridade sem arbítrio”, disse o atual presidente, ao fazer uma releitura do seu discurso de posse como desembargador, há 6 anos.
Agradecimento – José Carlos Malta Marques também citou o desembargador Sebastião Costa Filho. “Digo-lhe ao final de seu mandato nesta presidência que agora ocupo que seu bom combate foi exitoso. Por isso, os aplausos que permeiam sua despedida. Receba nossos votos de muitas felicidades pessoas. (…) Que as novas alegrias da vida o envolvam, e na bancada da Câmara Criminal para onde retorna, mantenha a repetição constante de seu digno e honrado cabedal de exemplos e de glórias, como cidadão e como magistrado reto e justo que sempre foi”, agradeceu.
Do TJAL