Presidente do STF e do CNJ defende união das instituições no combate à violência e ao crime organizado

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FOTO: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, defendeu nesta sexta-feira (27/10) que as instituições brasileiras unam esforços e coloquem “energia máxima” no combate ao crime organizado e à violência. Barroso também defendeu medidas que impeçam a infiltração do crime organizado nas instituições públicas e permitam ao Estado recuperar espaços que “estão perdidos para o crime organizado”.

Como presidente do STF e do CNJ, o ministro disse que vai colocar como uma de suas principais prioridades o enfrentamento ao crime organizado e à violência em todo o país, com atenção especial ao Rio de Janeiro, alvo de ataques esta semana de criminosos e milicianos, que incendiaram ônibus e coordenaram diversas ações pela capital do estado.

“Eu acho que nós estamos precisando fazer diagnósticos corretos em busca de soluções corretas que são urgentes, algumas imediatas, algumas de médio prazo, e outras de longo prazo. Claro que nós estamos falando na necessidade de educação, na necessidade de serviços públicos melhores. Mas, numa sociedade civilizada, a repressão também tem um componente importante. E nós precisamos acertar nessa matéria. Do contrário, o crime organizado vai começar a contaminar todas as instituições”, afirmou o ministro.

Para Barroso, o Brasil e a América Latina vivem atualmente um cenário muito grave de violência, com os piores índices do planeta que superam, inclusive, os registrados por países em guerra. O ministro afirmou que o enfrentamento à violência é um problema predominante do Poder Executivo, mas que todos precisam acertar nos diagnósticos em busca de melhores soluções para combatê-lo em todo o país.

“Eu acho que temos que colocar esse problema no radar: violência, criminalidade organizada e como impedir a sua infiltração nas instituições, e como o Estado reocupar espaços que estão perdidos para o crime organizado. E isso ocorre no Rio de Janeiro e na Amazônia. Portanto, é um fenômeno nacional, continental”, disse o ministro.

Barroso participou nesta sexta-feira do evento “A leitura nos espaços de privação de liberdade – Encontro nacional de gestores de leitura em ambientes prisionais”, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro (RJ).

Agência CNJ de Notícias, com informações do STF