Presidente do CNJ visita oficinas profissionalizantes de presídio feminino no RJ

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O presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes destacou, nesta quarta-feira (11/03) a importância de oferecer programas educativos e profissionalizantes dentro dos presídios brasileiros. “Estamos trabalhando o conceito de execução penal integral, levando em conta a educação dos presos e sua reinserção na sociedade”, enfatizou, ao acompanhar pessoalmente o mutirão carcerário realizado nos presídios femininos Talavera Bruce e Joaquim Ferreira de Souza, ambos integrantes do Complexo de Bangu, no Rio de Janeiro (RJ). O ministro conheceu a cooperativa “Mãos à Arte”, criada pelas próprias presas do Talavera Bruce para produzir e vender artesanatos, além da oficina de costura do presídio, que fabrica uniformes para todo o sistema prisional e a padaria, onde presas trabalham. “É fundamental que ampliemos esse tipo de projeto”, destacou.

O ministro pôde conhecer alguns dos trabalhos feitos pela cooperativa das detentas, “Mãos à Arte”, que funciona em uma sala cedida pela penitenciária. Ao todo, dez mulheres trabalham atualmente na produção, as internas podem receber benefícios como redução da pena – a cada três meses trabalhados diminui um na sentença – e direito à cela individual.

A coordenadora do projeto é Isabel Cristina Freitas, que cumpre pena no presídio desde 2006 por homicídio qualificado. Elas chegam a faturar cerca de R$ 1 mil mensais, dinheiro reinvestido na cooperativa para a compra de material. “Toda a matéria-prima é comprada pelos familiares das internas ou com o dinheiro das vendas. Somos nós quem fazemos tudo, inclusive a reforma desta sala”, diz, com orgulho, apontando para o local onde funciona a cooperativa que atrai os olhares de qualquer pessoa que passa pelos corredores da penitenciária.

MB/SR
Agência CNJ de Notícias