Presidente do CNJ assinará acordos com Hering e Itaipu para abrir vagas de trabalho para presos

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A Hering e a usina hidrelétrica Itaipu Binacional, duas grandes empresas brasileiras, vão se integrar às ações do Programa Começar de Novo, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visa à ressocialização de presos que estão cumprindo ou que já cumpriram suas penas na próxima segunda-feira (5/4). Os acordos serão assinados pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e pelos dirigentes das duas empresas em eventos a serem realizados em Blumenau/SC, na sede da confecção de roupas Hering, e em Foz do Iguaçu/PR, onde se localiza a usina.

A Itaipu Binacional se comprometerá a incentivar seus fornecedores de serviços e obras a reservarem vagas de trabalho para presos, egressos e cumpridores de penas alternativas dentro do percentual de 3% do total de trabalhadores necessários à prestação do serviço ou construção. A Hering firmará convênio para abrir 20 vagas de trabalho em sua sede destinadas a presos e egressos do sistema carcerário.

De acordo com o site oficial de Itaipu, há três anos a empresa adotou o pregão eletrônico para compra de bens e serviços, tanto no Brasil quanto no Paraguai. O pregão binacional é realizado por meio de um sistema on-line, em português e espanhol e concilia três moedas: real, guarani e dólar. Para oferecer condições de igualdade aos fornecedores brasileiros e paraguaios, o programa compatibiliza horários e feriados dos dois países.

A Hering, que neste ano completa 130 anos de existência no Brasil, com a abertura de 20 vagas de trabalho para ex-detentos e cumpridores de penas alternativas expandirá sua participação no programa Começar de Novo. A unidade da Hering, localizada no estado de Goiás, já emprega 230 apenados, que são remunerados por produtividade e, a cada três dias de trabalho, ganham a redução de um dia na pena. Os egressos e presos contratados pela Hering trabalham nas atividades de dobra, embalagem e etiquetagem das roupas produzidas.

A empresa catarinense possui, no total, oito fábricas em Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte e tem a intenção de levar a todas as suas unidades o programa de ressocialização de detentos.

 

IS/MM

Agência CNJ de Notícias