As Corregedorias-Gerais da Justiça Estadual vão criar um portal na internet para abrigar um catálogo de produtos, práticas, rotinas, manuais, ferramentas e sistemas de tecnologia de informação que possam ser compartilhados pelos órgãos dos 26 Estados e do Distrito Federal. O espaço também servirá como ponto de encontro para as reuniões virtuais a serem realizadas pela Comissão de Tecnologia do Colégio Nacional de Corregedores.
A criação do portal é uma das tarefas prioritárias definidas no primeiro encontro da Comissão, realizado nas últimas quinta-feira e sexta-feira (5 e 6 de julho) em Cuiabá (MT). A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso será responsável por avaliar qual sistema deverá ser utilizado para a implantação do espaço virtual. O resultado será apresentado em agosto durante o 60º Encontro do Colégio Nacional de Corregedores-Gerais da Justiça Estadual (Encoge), a ser realizado em Maceió, Alagoas.
O vice-presidente do Colégio, corregedor-geral de Mato Grosso, Márcio Vidal, lembra que a inovação tecnologia é uma exigência da modernidade que o Judiciário tem que acompanhar. “A Justiça não pode ser diferente. Tem que lançar mão do desenvolvimento tecnológico para dar agilidade aos processos nas Comarcas do Estado e de todo o Brasil”, ressaltou o desembargador
Durante o encontro foi instalada uma subcomissão coordenada pelo juiz Antônio Zoldan, de Santa Catarina, que dará início ao levantamento dos sistemas de tecnologia de informação e para analisar quais poderão ser adotados no âmbito nacional pelas Corregedorias. O grupo é formado por Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Rondônia, Amazonas, Paraná e Ceará.
“Precisamos dos avanços tecnológicos para modernizar o Judiciário para atender a massificação que se tornou a busca pelos serviços judiciais. Creio que essa é uma das comissões mais importantes para o Encoge e para a Justiça”, afirmou o corregedor da Bahia Antônio Pessoa Cardoso.
As Corregedorias vão criar ainda indicadores comuns entre os órgãos para auferir atos e procedimentos processuais. O objetivo é identificar os principais gargalos na prestação dos serviços judiciais da Primeira Instância para promover soluções aos problemas, a partir do que for diagnosticado. O levantamento será realizado em conjunto pelo Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pará e Mato Grosso.
Presidente do Colégio, o corregedor-geral do Paraná, Noeval de Quadros, explicou que as Corregedorias estão em busca de uma política de tratamento que promova um nivelamento tecnológico entre os órgãos. “Já detectamos que alguns dos principais problemas são a utilização de linguagens tecnológicas diversas, carência de recursos em alguns Tribunais e a falta de servidores capacitados em TI nas Corregedorias”, pontuou.
O encontro da Comissão em Cuiabá reuniu os corregedores Márcio Vidal (MT), Noeval de Quadros (PR), Antônio Pessoa Cardoso (BA) e João Alves da Silva (PB) e juízes auxiliares e servidores da área de tecnologia de informação. Para dar efetividade aos trabalhos, os cerca de 50 participantes se dividiram em seis grupos que voltarão a se reunir no 60º Enconge.
Da CGJ-MT
