Graças à política socioambiental instituída pela Resolução 201/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo quarto ano consecutivo o Poder Judiciário reduziu seu consumo e ampliou a participação dos servidores e colaboradores em ações de inclusão, capacitação e de sensibilização socioambiental.
De acordo com o 4º Balanço Socioambiental do Poder Judiciário, os tribunais brasileiros economizaram R$ 66,8 milhões, entre 2018 e 2019, com água, esgoto, energia elétrica, motoristas, manutenção de veículos, impressões e telefonia e contratos de contratos de vigilância e limpeza; e com compras dos seguintes insumos: papel, água envasada e copo descartável.
Os gastos com copos descartáveis e impressões foram reduzidos em mais de 18% nesse mesmo período. Já os custos com contratos de vigilância, os maiores no orçamento total, diminuíram em 4,7% em 2019 em comparação a 2018.
A categoria de despesa que mais aumentou de 2018 para 2019 foi “energia elétrica” que teve um crescimento de 7%: passando de R$ 527,7 milhões para R$ 563,8 milhões. O Judiciário possuía, em 2019, 125.537 linhas fixas de telefone, 7% a menos do que no ano anterior e 9% a menos do que 2015. Em relação ao gasto com telefonia fixa, houve economia de 7% em 2019 em relação ao ano anterior e 30% em relação a 2015.
No caso da água e do esgoto, desde 2015, o gasto das unidades vem caindo. De 2018 para 2019, houve redução de 0,6%. No comparativo com 2015, o Judiciário diminuiu seu consumo em 9,3%.
“É importante destacar o engajamento do Poder Judiciário, já que os planos de logística sustentável são hoje presentes em todos os 90 tribunais do país”, comentou a presidente da Comissão Permanente de Sustentabilidade, conselheira Ivana Farina. “A Resolução 201 está em estudo para ser aprimorada e com isso vamos traçar uma política de avanços e ainda mais engajamento.”
Engajamento e capacitação
As ações de capacitação socioambiental, que buscam sensibilizar e conscientizar os colaboradores por meio de cursos, palestras, campanhas ou outras atividades educacionais, registraram um crescimento de 51%, comparando 2015 a 2019. Ao todo, o Poder Judiciário já realizou, 4.757 dessas ações.
Do total, os Tribunais de Justiça são responsáveis por 43% delas. Esse instrumento é essencial para o desenvolvimento de uma nova cultura organizacional alinhada com os propósitos socioambientais e sustentáveis. No ano passado, as cortes que mais realizaram ações foram Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal de Justiça de Tocantins (TJTO) e Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Outro destaque do relatório foi o aumento do número de iniciativas e de engajamento dos servidores e colaboradores do judiciário em Ações de Qualidade de Vida (AQV). No último ano, houve crescimento de 31%. De 2015 a 2019, o Judiciário realizou 16.892 AQVs, das quais participaram 2.888.431 pessoas.
Já as ações solidárias buscam promover a prática da caridade entre os colaboradores e também com a comunidade. Foram realizadas 5.821 dessas iniciativas, de 2015 a 2019, em todo o Poder Judiciário.
Política
Praticamente 100% dos tribunais brasileiros já desenvolveram seus Planos de Logística Sustentável e instituíram unidades ou núcleos socioambientais. Anualmente, todos enviam ao CNJ informações sobre o consumo e o gasto de determinados materiais e serviços, que são reunidos no Balanço Socioambiental, publicado pelo Conselho, conforme as determinações previstas na Resolução CNJ nº 201/2015.
Paula Andrade
Agência CNJ de Notícias