Na segunda-feira, começou o treinamento do Processo Judicial Eletrônico (PJe) para a primeira turma dos servidores lotados na Central de Processamento Eletrônico (CPe), na Escola dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso. No total 45 assessores da CPe serão capacitados para operar o sistema PJe. O grupo inicial conclui a formação no dia 17. Já a segunda turma realiza o curso entre os dias 22 a 24 de janeiro, também das 8h às 18h.
O juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT) Aristeu Dias Batista Vilella deu boas-vindas aos participantes, acompanhou parte da aula no período vespertino e esclareceu dúvidas. O magistrado ressaltou que o processo eletrônico já é uma realidade e um caminho sem volta, uma vez que traz inúmeros benefícios como celeridade no andamento processual, economia de recursos, segurança jurídica e transparência.
A capacitação oferecida pela Escola dos Servidores é fundamental para a equipe, que passará a trabalhar com o PJe ainda este mês, nos fluxos referentes às varas cíveis e aos juizados, tanto nos perfis de gabinete quanto de secretaria. Segundo a instrutora Milena Valle Rodrigues, servidora do Departamento de Aprimoramento da Primeira Instância (Dapi), a expectativa é que todos os participantes se preparem para operar a ferramenta da melhor forma. “Esse treinamento presencial é para que os servidores da CPe aprendam a movimentar os processos no PJe e entendam a dinâmica do sistema, para auxiliar na elaboração de minutas para os magistrados e nos cumprimentos de secretaria”, destacou.
Servidora há 24 anos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e atualmente lotada na Central, Luciane Silva faz parte da primeira turma capacitada e ressalta as vantagens do PJe. “Para nós, a evolução constante é sempre exitosa e todos saem ganhando. Cheguei aqui na época da máquina de datilografia, então existia aquela morosidade em razão do próprio sistema de trabalho, arcaico e dificultoso. Hoje, com o processo eletrônico e o treinamento constante ofertado pelo Tribunal de Justiça, a tendência é melhorar e dar celeridade, atendendo aos anseios do jurisdicionado”, avaliou.
Segundo a servidora da CPe Luíza Stábile, que atua na Turma Recursal Temporária, é perceptível já no primeiro dia do treinamento que o PJe é o futuro do Judiciário. “O acesso aos andamentos, despachos, petições e às decisões é muito mais fácil com o processo eletrônico. Além disso, tem a questão ambiental, de economia de papel. Hoje eu aprendi questões de publicação, acesso à criação de pastas, entre outras informações que serão muito úteis para o meu dia a dia”, argumentou. ´
Saiba mais – A CPe foi criada em sessão extraordinária administrativa do Tribunal Pleno do TJMT e inaugurada no dia 20 de outubro do ano passado, em atendimento a diretrizes fixadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela consiste em uma nova modalidade de prestação de serviços e gestão processual que aloca servidores para trabalhar remotamente nas unidades judiciárias do interior e presencialmente nas unidades da capital que tenham grandes taxas de congestionamento e estoque processual.
Os resultados alcançados após a implantação do projeto foram expressivos. Em apenas 10 dias de funcionamento, a Central reduziu em 12 pontos percentuais a taxa de congestionamento no Juizado Especial de Rondonópolis. Inicialmente os assessores foram capacitados para trabalhar com o sistema Processo Judicial Digital (Projudi) e, em breve, estarão aptos a utilizar o PJe. Conforme Aristeu Vilella, a CGJ-MT está investindo na criação de centrais especializadas com o objetivo de otimizar recursos e garantir a efetividade na prestação jurisdicional.
Fonte: TJMT