Todo o trabalho de digitalização dos processos físicos existentes no Fórum Regional de Mangabeira, em João Pessoa, foi concluído no final do mês de maio. Mais de 6 mil feitos foram migrados para o Processo Judicial eletrônico (PJe), durante três meses de procedimento intensivo, envolvendo higienização dos feitos, digitalização, ordenamento, validação, indexação e, por fim, a importação. De acordo com o diretor local, juiz Meales Medeiros de Melo, há, ainda, alguns processos que se encontram fora da unidade, que deverão ser virtualizados a medida que retornarem ao Fórum.
“Tudo está mudado na dinâmica de trabalho do local. Há mais espaço físico, mais rapidez nos atos processuais e melhorias no atendimento”, afirmou o magistrado, sobre os ganhos da unidade judiciária com a digitalização. O juiz afirmou que, no momento, aguarda deliberação da Presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba sobre a expansão do procedimento para outras unidades judiciárias.
“A experiência em Mangabeira apresentou um excelente resultado”, avaliou o magistrado, que coordenou os trabalhos de virtualização, desenvolvidos por uma equipe de 10 servidores. O diretor da unidade destacou que, durante o processo, não houve interrupção quanto aos prazos processuais.
No dia 17 de maio, o presidente do TJPB, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, visitou o local para verificar os benefícios do projeto, ocasião em que agradeceu pelo empenho de todos os servidores. “A digitalização proporcionou qualidade de vida não só ao servidor, como, também, aos jurisdicionados, pois priorizou o atendimento. Todos esses processos, que eram físicos, demandavam muito tempo até para localização”, disse.
Ferramenta Digitaliza – O juiz Meales Medeiros explicou que a implantação da ferramenta partiu de uma necessidade do Cartório Unificado de Mangabeira, em virtude da grande demanda. O desenvolvimento do projeto foi iniciado há dois anos pela equipe da Diretoria de Tecnologia da Informação (Ditec) do TJPB, através de uma maratona do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na criação de um instrumento para auxiliar o PJe.
O idealizador foi o servidor Samuel de Aguiar, que informou que o processo físico digitalizado e migrado para o PJe manterá a numeração original; a integridade das peças processuais, a ordem cronológica, os movimentos processuais e dados cadastrais existentes, quando do início da migração, sem prejuízo de eventuais correções desses dados para a conclusão do trabalho.
Fonte: TJPB