Magistrados e magistradas de todo o país têm até 28 de fevereiro para participar da pesquisa “O exercício da jurisdição e a utilização de novas tecnologias de informação e de comunicação”. Além de mensurar o impacto da transformação digital na prestação jurisdicional, o levantamento aborda temas como raça e gênero.
O formulário, com 40 questões de múltipla escolha e que pode ser respondido em 15 minutos, vai coletar percepções de juízes e juízas sobre ferramentas tecnológicas empregadas pelos tribunais, buscando identificar eventuais vulnerabilidades e encontrar soluções adequadas. As mudanças tecnológicas causadas pela pandemia da Covid-19 ocupam grande espaço na pesquisa, que também apura os desafios enfrentados por mulheres magistradas e por profissionais da magistratura com deficiência, da terceira idade e de diferentes etnias e raças.
“Hoje, há inúmeros instrumentos disponíveis. A dúvida é: eles funcionam? Eles têm contribuído para a eficiência dos serviços que o Poder Judiciário presta à sociedade?”, indaga Renata Gil, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A entidade é responsável pela pesquisa, que está sendo realizada em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e o Colégio Latinoamericano de Estudos Mundiais da FLACSO/Brasil.
A coordenação científica do estudo, que conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), é das professoras da UnB Rebecca Lemos Igreja e Talita Rampin. “Nós seguimos, na elaboração do questionário, metodologias e indicadores já empregados por outros institutos de pesquisa, como o IBGE. Os dados coletados, mais do que traçar um panorama da situação atual, ajudarão a formular políticas públicas e estratégias que aumentem a efetividade do Sistema de Justiça”, explica Rebecca Igreja.
Agência CNJ de Notícias