Pesquisa de opinião em Sergipe avalia impacto da desinformação nas eleições

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Foto: Banco de Imagens/TJSP
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O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) apresentou os resultados da pesquisa de opinião sobre desinformação e fake news realizada no estado, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS). O relatório final foi apresentado na última quinta-feira (6/7).

Mais de 92% das pessoas entrevistadas afirmaram que, ao receberem uma notícia de cujo conteúdo desconfiam ser falso, fazem algum tipo de conferência antes de compartilhar. Quando perguntadas se, ao desconfiarem da veracidade da notícia, buscam identificar a origem, esse percentual cai para 83,7%. Por outro lado, mais de 90% responderam acreditar que as pessoas não conferem a informação em se tratando de fake news.

“Aqui a pressão social se estabelece, ou seja, quando perguntado se, de modo individual, particular, se confere a fonte para poder desmentir uma notícia falsa, o percentual foi superior a 80%. Entretanto, quando perguntado se o outro confere a resposta, foi inversamente proporcional. Ou seja, externaram a percepção de que o percentual dos que conferem a informação não ultrapassa 10%. Em outros termos, há um imaginário coletivo de que o problema das fake news é sempre do outro”, explicou o professor da UFS Claudomilson Braga.

Segundo o Braga, “a noção de fake news está muito naturalizada, como se fizesse parte do dia a dia. É possível traçar uma analogia com a nossa percepção sobre a violência urbana, a qual somos obrigados a conviver como se fosse algo normal. Mas não o é”. O professor apresentou sugestões para a Assessoria de Comunicação do TRE-SE relacionadas, notadamente, à publicidade segmentada nas redes sociais.

Foram entrevistadas 535 pessoas, representando 0,25% da população sergipana. A margem de erro é de 3% para mais e para menos. A coleta teve um intervalo de confiança (IC) de 95%, isso significa que a chance de as respostas representarem a realidade se aproxima de 95%.

Fonte: TRE-SE

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