Para presidente do CNJ, morosidade é o maior desafio da justiça brasileira

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“O maior desafio certamente é a morosidade”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, ao ser questionado sobre a justiça brasileira em Aracaju (SE), na tarde desta  sexta-feira (14/08).  De acordo com o ministro, “se nós perguntamos a população o que ela acha do Judiciário, ela dirá que ele é extremamente demorado, extremamente moroso”, disse o ministro, ao falar para a imprensa no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE).

Segundo o ministro Gilmar Mendes, o Judiciário atua para mudar esse quadro que preocupa a população. “Nós estamos trabalhando com grande afinco na modernização administrativa do Poder Judiciário, estamos trabalhando nessa ideia da meta 2, que é julgar todos os processos que entraram até 31 de dezembro de 2005”. Na avaliação do ministro, com o cumprimento dessa meta, o Judiciário “vai melhorar esse quadro para prestar a Justiça àqueles que de fato reclamam”, mencionou.

Conciliação – O presidente do CNJ também defendeu a conciliação como forma de minimizar a questão da morosidade. “Estamos enfatizando a ideia de conciliação de modo a evitar que haja demasiadas demandas, especialmente daqueles casos que já estão pacificados com a jurisprudência dos tribunais”, opinou.

Durante a visita a Sergipe, o ministro visitou o governador do Estado, Marcelo Deda, que elogiou a atuação do presidente do Conselho. “Fiquei entusiasmado com a eficiência do CNJ na recuperação do Judiciário brasileiro”, destacou o governador. De acordo com Marcelo Deda a agenda de modernização introduzida pelo Conselho tem dado “uma contribuição extraordinária ao Judiciário”.

O presidente do CNJ esteve na manhã desta sexta-feira em Natal onde falou para uma platéia de magistrados sobre os programas do Conselho e a importância de modernizar a administração pública. “Estamos mudando de forma bastante significativa a Justiça no país”, afirmou. De acordo com o ministro Gilmar Mendes, as justiças de Sergipe e do Rio Grande do Norte têm um bom funcionamento.

Modelo de execução criminal – O ministro informou ainda que o modelo de execução criminal virtual utilizado pelo CNJ tem como base o sistema sergipano. “O modelo de sistema que utilizamos da vara de execução criminal virtual  veio aqui de Sergipe.  é extremamente importante que conversemos sobre os modelos de tecnologia da informação, vamos discutir todas essas questões e perspectivas para o Judiciário”, relatou.

Com relação ao TJ do Rio Grande do Norte, Mendes acredita ser um dos melhores da região Nordeste.  “Acho que também o tribunal de justiça do Rio Grande do Norte funciona bem e está entre os melhores do Nrdeste”, avalia.

Ainda nesta sexta-feira, o presidente do CNJ participa da apresentação da Vara de Execução Criminal Virtual de Sergipe, e também dos modelos de execução fiscal virtual e de gestão documental. À noite, a partir das 20h assina termo de cooperação para instalação do núcleo de advocacia voluntária no Estado.

 

EN/SR
Agência CNJ de Notícias