A presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), juíza Priscila Lopes da Silveira, conduziu, na manhã desta quinta-feira (26/9), no Fórum de Cavalcante, a palestra sobre o tema “Os desafios do Acesso ao Poder Judiciário e as Ferramentas de Inclusão do TJGO”. A ação, voltada a magistrados, servidores e ao público externo, faz parte do ciclo de eventos realizados pelo projeto Raízes Kalungas, idealizado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Carlos França, em parceria com o programa Todos por Todos, daquela comissão. A palestra teve transmissão ao vivo pela plataforma do TJGO no YouTube, e também contou com a participação da secretária de acessibilidade e inclusão do Núcleo de Responsabilidade Social e Ambiental (Nursa), Raquel Antonini, e da servidora Patrícia Magalhães, do Departamento de Acolhimento da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) do TJGO.
“Essa foi a primeira comarca por onde passei como juíza”, lembrou a juíza Priscila Lopes da Silveira, ao abrir o evento. A diretora da Divisão de Acolhimento e Ambientação da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), Patrícia Magalhães, contou sobre algumas das ações que ocorreriam durante os debates. Já a secretária de acessibilidade e inclusão do Núcleo de Responsabilidade Social e Ambiental (Nursa), Raquel Antonini, mostrou as ferramentas de inclusão que seriam apresentadas no evento. Antes de iniciar a palestra, Patrícia Magalhães fez exercícios com os servidores que estavam acompanhando presencialmente, utilizando técnica de respiração e relaxamento para, em seguida, dar continuidade à roda de conversa.
Ferramentas
Na ocasião, Raquel Antonini comentou que, por meio da avaliação médica, a pessoa terá ou não acesso a programas sociais de acessibilidade . “Na semana passada, participamos do primeiro encontro sobre a temática no CNJ. Embora já tenha uma convenção específica, agora que estão falando sobre uma avaliação psicossocial para saber se a pessoa tem deficiência ou não”, informou.
Ao abordar sobre a temática, Priscila Lopes da Silveira afirmou que a sociedade tem que encaminhar e se preparar para que todos tenham acesso aos serviços. “Ainda temos ações afirmativas, mas as pessoas ainda têm dificuldade para encontrar. O caminho é entender quem está buscando os serviços, já que estamos aqui para servir como servidores públicos, sabendo que no nosso trabalho, que é o Poder Judiciário, vamos tratar com pessoas em vulnerabilidade social”, explicou a magistrada.
Serviços
Raquel Antonini apresentou os canais de serviços de inclusão prestados pelo Tribunal de Justiça, momento em que falou da comissão que delibera políticas desenvolvidas para a temática, bem como da Central de Libras, que faz parte do núcleo para atendimentos fora do âmbito das audiências, entre outros. “É importante falar sobre esses recursos com corpo funcional estruturado para receber os servidores, tanto presencial quanto online. Nós temos essa estrutura montada para o corpo funcional”, ressaltou.
Todos por Totos
O programa Todos por Todos pretende promover o debate sobre os diferentes tipos de deficiência, capacitar o corpo funcional do tribunal de justiça e aprimorar a inclusão de pessoas com deficiência. No encontro desta quinta-feira (26), foi apresentado que, além da capital, o projeto Todos por Todos está sendo implementado na comarca de Cavalcante, incluindo ainda os Pontos de Inclusão Digital (PIDs). A juíza Priscila Lopes da Silveira, na ocasião, compartilhou com os servidores sobre o Projeto Com Viver, idealizado, implementado e coordenado por ela e pelo juiz Thiago Inácio Oliveira, em que conquistaram o segundo lugar do Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos, na categoria Trabalhos de Magistrados.
A iniciativa, inédita no Poder Judiciário de Goiás e desenvolvida na comarca de Cristalina, objetiva incluir a pessoa com necessidades especiais no meio social, além de oportunizar a preparação dela para o trabalho. A magistrada informou que o programa continua na comarca de Cristalina, e ainda disse que pretende instalar o projeto em Cavalcante. “Se nós nos unirmos, conseguimos colocar em prática”, finalizou a magistrada.