O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Fortaleza promoveu, na terça-feira (29/11), na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), o curso Oficina Pais e Filhos para profissionais que trabalham com mediação de conflitos familiares e desejam implantar a dinâmica da iniciativa em seus ambientes de trabalho.
Estiveram presentes quatro defensores públicos do estado do Piauí; a juíza Cristiane Maria Castelo Branco Machado Ramos, titular da 2ª Vara da Comarca de Aracati; representantes da Secretaria de Educação do Ceará (Seduc); e da vice-governadoria do estado, além de professores da Universidade de Fortaleza (Unifor).
A defensora pública Débora Cardoso destacou os mecanismos utilizados pelo Centro Judiciário, que tem como coordenadora a juíza Natália Almino Gondim. “O Cejusc de Fortaleza é pioneiro em parentalidade e aqui a gente viu uma alternativa diferenciada. A forma como os conflitos são abordados e a maneira que a oficina traz a fim de solucioná-los é o que mais chama a atenção. Por isso, nós pretendemos implementar o projeto no Piauí”, afirmou.
De acordo com a psicóloga Gleiciane Van Dam, responsável pelo projeto, mais de duas mil pessoas já foram beneficiadas com o trabalho. Ela destaca que a participação na oficina gera um alto índice de acordos, mas o maior objetivo é fazer com que as famílias melhorem as suas relações, e promover mudança na postura dos pais. “Nosso intuito não é só o acordo. É exatamente trazer aspectos de bem-estar para as famílias”, disse.
As oficinas são destinadas a casais que tenham filhos e estejam envolvidos em ações de divórcio, disputas pela guarda dos filhos, agressões, entre outros conflitos familiares.
O projeto é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que vem sendo implantado em várias cidades brasileiras. Em Fortaleza, a realização é do Centro Judiciário do Fórum, com apoio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
Fonte: TJCE