Oficina previne contra alienação parental em fórum de Porto Velho

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Nenhum processo de separação é fácil, sobretudo se há filhos envolvidos. Diante de divórcios que chegam às Varas de Família para resolução, os serviços de apoio psicossocial da Comarca de Porto Velho implantaram projeto para prevenir a alienação parental. São promovidas oficinas de pais e filhos para apoiar famílias e prestar assistência a crianças e adolescentes após a separação.

Na sexta-feira (15/4), no Fórum Sandra Nascimento, os profissionais aplicaram no encontro técnicas que trazem mudanças eficientes para o bom entendimento familiar, buscando o menor dano emocional aos envolvidos. As oficinas buscam harmonizar e estabilizar as relações familiares, à medida que procuram conscientizar os pais da importância de ambos na vida dos filhos e dos malefícios que a perda parental ocasiona.

O projeto baseia-se em experiências internacionais, como dos EUA, do Canadá e de Portugal, países onde cursos para pais divorciados e filhos crianças e adolescentes revelaram-se positivos e eficazes. Além disso, existe a Recomendação 50 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicando aos Tribunais de Justiça a adoção da Oficina de Parentalidade como política pública para a resolução de conflitos familiares.

Preparação – Para desenvolver o programa em Rondônia, houve investimento na formação de juízes, psicólogos, assistentes sociais, conciliadores dos Centros Judiciários de Resolução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Porto Velho, psicólogos da rede estadual de educação, promotores de justiça e defensores públicos ligados às Varas de Famílias e Sucessões. Por meio da Escola da Magistratura de Rondônia, foi realizada uma formação de instrutores da Oficina de Parentalidade e Divórcio, ocorrida em novembro de 2015.

Alienação é uma prática em que um dos genitores (mãe, pai e até avós) deliberadamente afasta os filhos do outro genitor, deturpando a imagem ou a figura deste diante dos filhos. Considerada uma forma de abuso psicológico, pode trazer consequências desastrosas para o desenvolvimento emocional da criança, como baixa autoestima, baixo rendimento escolar, irritabilidade, agressividade, depressão, dificuldades de adaptação, dependências químicas e até suicídio.

Fonte: TJRO