Observatório das Causas de Grande Repercussão vai acompanhar apuração sobre assassinato de Mãe Bernadete

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Sede do CNJ. Foto: Rômulo Serpa/Agência CNJ
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Os processos judiciais em que se apuram os assassinatos da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico (Mãe Bernadete), de 72 anos, ocorrido no último dia 17 de agosto, e do seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos (Binho do Quilombo), então com 36 anos, ocorrido em 2017, serão acompanhados pelo Observatório das Causas de Grande Repercussão. O colegiado é formado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

A determinação é da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministra Rosa Weber. Ela também requereu que o Observatório das Causas de Grande Repercussão acompanhe a ação penal que apura a morte da professora Janaína Alves Fernandes Tavares da Câmara, em 2014. A docente foi morta aos 23 anos, no Novo Gama (GO), cidade do entorno de Brasília. O acusado é ex-companheiro da vítima e segue em liberdade. Ela deixou três filhos, todos menores de seis anos à época.

Assassinato na Bahia

O acompanhamento dos processos sobre as mortes de Mãe Bernadete e de seu filho, ambos na cidade de Simões Filho (BA), responde à gravidade dos fatos noticiados na Bahia e à representatividade da religiosa, que era ligada à defesa da causa quilombola em território ainda sob conflito fundiário. A presidente do CNJ determinou, ainda, a criação de uma comissão executiva especial para acompanhar os trabalhos de apuração.

Na última sexta-feira (25/8), a ministra Rosa Weber esteve em Salvador (BA) para reunião com o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, e o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), desembargador Nilson Soares Castelo Branco. Ela enfatizou sua consternação e preocupação com a necessidade de profunda apuração sobre os fatos.

O assassinato da Mãe Bernadete também está sendo acompanhado pelo Observatório dos Direitos Humanos do Poder Judiciário e pelo grupo de trabalho criado pelo CNJ para analisar questões relativas à regularização dos territórios quilombolas. A primeira reunião técnica do GT será realizada nesta quarta-feira (30/8).

Agência CNJ de Notícias

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