A linguagem simples desempenha um papel importante na criação de uma sociedade mais inclusiva e justa para todos. Por isso, o Judiciário roraimense, por meio do Núcleo de Projetos e Inovação do Poder Judiciário de Roraima (NPI/TJRR), promoveu na quarta-feira (24/7), uma oficina de conscientização sobre Linguagem Simples no Laboratório de Inovação (Inovajurr).
A iniciativa utilizou como metodologia o “Jogo da Linguagem Simples” e atende a um dos requisitos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o Selo de Linguagem Simples, que visa a difusão em todos os tribunais de justiça do país.
Segundo a gerente de projetos do NPI/TJRR, Fernanda Soares Oliveira, a oficina reflete uma das diversas atuações do TJRR em fomentar a linguagem simples no Judiciário roraimense. “O Tribunal tem tomado várias ações para incentivar a introdução da linguagem simples no Judiciário de Roraima, e essas ações, aos poucos, ajudam a fomentar a mudança de cultura quanto à comunicação acessível para as pessoas,” ressaltou a gerente de projetos.
O chefe do Inovajurr, France James, também reforçou que, a partir da dinâmica, foi possível compreender diversas formas de linguagem que podem dificultar o entendimento da informação.
“Percebemos que muitos termos jurídicos nos são desconhecidos e, ao participar deste jogo, conseguimos compreender melhor. Esse desconhecimento dos significados das palavras frequentemente nos impede de entender o contexto de um determinado texto.”
O CNJ, por meio da recomendação n.144, reforça a priorização da utilização da linguagem simples em todos os atos e comunicações administrativas e judiciais dos Juízos, Tribunais e Conselhos do Poder Judiciário. Dessa forma, a linguagem deve reduzir desigualdades e promover transparência, participação e acesso da população aos serviços jurisdicionais.
Para a cerimonialista Giovanna Andrade de Souza, a oficina possibilitou que ela se colocasse no lugar dos cidadãos e cidadãs que buscam os serviços do Judiciário de Roraima.
“Podemos nos colocar no lugar de pessoas que não têm familiaridade com a linguagem jurídica, como ao ler um processo, entrar com uma petição inicial ou utilizar outros serviços jurisdicionais. A dinâmica mostrou claramente a importância de tornar a linguagem acessível a todos os cidadãos.”
Durante a capacitação em linguagem simples, participaram servidores do Núcleo de Comunicação e Relações Institucionais (NUCRI/TJRR), do Cerimonial e da área jurídica do TJRR.