No PR, mãe reclama de lentidão no processo contra o assassino de filho

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Depois de seis anos e oito meses, a servente Terezinha de Jesus Moura, 58 anos, ainda espera ver punido o responsável pela morte de seu filho. Cansada pela demora, Terezinha compareceu, nesta quarta-feira (12/11), ao atendimento individual prestado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Curitiba (PR), para colher críticas e sugestões dos cidadãos paranaenses em relação ao funcionamento do Judiciário no Estado. O atendimento faz parte da inspeção feita pela Corregedoria na Justiça Comum do Paraná desde segunda-feira (9/11). “Estou confiante de que com o CNJ por aqui, as coisas vão melhorar e vou conseguir resolver meu problema e fazer justiça”, destacou Terezinha.

 A servente conta que seu filho Reginaldo Storrer foi assassinado em 2003 quando tinha 33 anos e, até hoje, mesmo após ter confessado o crime, o réu permanece solto. “Vejo o assassino vivendo normalmente, com tanta demora da Justiça. Fico com uma sensação de completa impunidade”, lamenta. Terezinha atribui o atraso ao fato de o réu ser de uma família influente na cidade. Ela conta que já foi a diversas audiências e que muitas outras foram canceladas a pedido do advogado de defesa. “Isso é um descaso com a família, parece até que somos nós os culpados”, reclamou.
 
Separado da ex-esposa desde 2000, Gilberto Mendes, 64 anos, também procurou o atendimento do CNJ para entender porque, depois de passado quase 10 anos, ainda não conseguiu se divorciar judicialmente. Ele conta que a sua atual companheira o pressiona para casar, mas ele não consegue resolver o problema – ou seja, obter o divórcio – na Justiça. “Já estou ficando velho e, com a demora, fico trancado e não posso cuidar da minha vida”, conta. Ele reclama da dificuldade em obter informações precisas sobre seu processo e diz que, por isso, resolver recorrer ao CNJ.
 
MB/ MM
Agência CNJ de Notícias