Nesta segunda-feira (07/12), o aposentado João Pereira dos Santos, 62 anos, foi um dos primeiros a serem atendidos nos estandes da Semana da Conciliação montados em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. Ele foi até o local negociar o pagamento de uma dívida com a Companhia Habitacional do Estado e, assim, evitar o ajuizamento e a execução da sua dívida. Com o acordo, o débito foi reduzido de R$ 2.400 para R$ 2.100. Segundo os atendentes da companhia, a dívida correspondia ao período de três anos em que o aposentado ficou sem pagar a prestação do seu imóvel familiar. “Se não tivesse feito esse acordo, minha casa poderia ter sido penhorada”, disse o aposentado, que vendeu seu carro para quitar a dívida.
João Pereira disse estar satisfeito com a negociação. “Foi ótimo. Paguei a minha dívida e não vou ter que ser cobrado na Justiça”, afirmou. Além do aposentado, outras 2.900 pessoas que têm ações tramitando nas Justiças estadual, trabalhista e federal foram convocadas para as audiências da Semana Nacional da Conciliação no Paraná.
O também aposentado Antônio Hipólito Filho, 64 anos, saiu de São José dos Campos (SP), onde mora atualmente, e foi a Curitiba para participar da semana da conciliação. Fez um acordo na Justiça do Trabalho para receber uma indenização por serviços prestados à construtora Becthel entre os anos de 2001 a 2005. O aposentado não revela o valor da negociação, mas disse estar satisfeito. “É uma boa alternativa. Ambos os lados não perdem tempo”, opinou. De acordo com o advogado da empresa, Renato Cabral, se o acordo não tivesse ocorrido, o processo, que já estava no segundo grau de jurisdição, ainda levaria, pelo menos, mais três anos em tramitação.
Na Justiça Federal, o farmacêutico Marcelo Adriani Detofol, 38 anos, foi buscar nas mesas de conciliação a solução para uma dívida com o Conselho Regional de Farmácia. Segundo ele, o débito de nove anos atrás passou de aproximadamente R$ 850 para R$ 4,3 mil. Com o acordo, o farmacêutico negociou o pagamento de R$ 3,1 mil e conseguiu solucionar a sua pendência. Marcelo Adriani disse que tentou por diversas vezes negociar com o conselho, que estava irredutível. “A conciliação foi muito boa, pois só consegui reduzir o valor com a presença do juiz. Antes o conselho não fazia acordo”, disse.
EN/MM
Agência CNJ de Notícias