Em quase três meses de trabalho, o mutirão carcerário já analisou mais de cinco mil casos de presos nas unidades carcerárias  de Recife, Região Metropolitana  e  do interior de Pernambuco . Neste mesmo período, um total de 1.252 alvarás de soltura foi expedido na ação judicial realizada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo dados da Corregedoria Auxiliar de Presídios, reunidos até o último dia 26, 5.523 processos foram analisados, sendo 2.722 em Recife e RMR, 788 em Caruaru e 1.743 em Pesqueira. Ainda de acordo com a Corregedoria, 567 réus provisórios do sistema carcerário de Recife e  Região Metropolitana  receberam alvarás. Em Caruaru foram 204, na cidade de Pesqueira, 340.

A unidade com a maior quantidade de alvarás expedidos foi o Presídio Professor Aníbal Bruno, Recife, com 287. O Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, vem logo atrás com 233, seguido pela Penitenciária Juiz Plácido de Souza, Caruaru, com 198.

De acordo com o coordenador do mutirão, juiz Humberto Inojosa, a coleta de processos de presos provisórios do interior do Estado está prevista para terminar no final da próxima semana, permanecendo apenas as atividades da secretaria do mutirão, dos promotores e magistrados. “Em novembro, iremos começar a revisar os sete mil julgamentos dos presos condenados nas duas Varas de Execuções Penais. O CNJ disponibilizou 15 advogados especializados na matéria para reforçar o nosso quadro”, disse.

Desde o dia 17 de agosto, o mutirão está julgando casos de presos provisórios. Essa parcela representa 65% da população carcerária do Estado. Com prazo de 90 dias prorrogáveis, o mutirão ainda não tem data definida para terminar.

 Fonte:   TJPE