Museu da Justiça do Rio de Janeiro inaugura exposição “Quem sente na pele”

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O desembargador Wagner Cinelli, o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Cardozo, e a assistente social do Tribunal de Justiça, Soyanni Alves, posam em frente a painel da mostra - Foto: Ascom TJRJ
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Com o objetivo de trazer para a sociedade a discussão sobre distintos tipos de assédio e de discriminação que podem ocorrer no ambiente de trabalho, o Museu da Justiça do Rio – em parceria com os Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (COGENs no 1° Grau e 2° Grau de Jurisdição) – inaugurou, na última quinta-feira (15/8), a exposição “Quem sente na pele”.

Ao longo de toda a mostra, práticas de assédio moral, sexual, religioso, o capacitismo, entre outras, são abordadas com frases ou atitudes cotidianas que se manifestam independentemente da ocupação do cargo de chefia ou liderança, fazendo com que o público reflita sobre a importância de ter consciência e informação acerca da temática para não perpetuar tal prática.

Para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, o trabalho desenvolvido pelos COGENs é um dos mais bonitos do Judiciário fluminense.

“Esse projeto foi alavancado pelo desembargador Wagner Cinelli, já que até então ele era muito focado nas mulheres. Na minha gestão ampliamos isso. Passamos a abordar o preconceito de gênero, de raça, qualquer tipo de preconceito. Aqui, árabes, judeus, pretos, brancos, amarelos, gays, mulheres, todos são bem-vindos. Todos são tratados com carinho e respeito”, destacou.

Os COGENs promovem ações e projetos que contribuem para a conscientização sobre a igualdade de gênero, a fim de prevenir, bem como enfrentar todas as formas de assédio e discriminação. São voltados para o público interno do Tribunal de Justiça em todo o estado.

E entre os projetos está o “Quem sente na pele”, que reúne depoimentos e relatos sobre temas ligados à igualdade de gênero, ao assédio moral e sexual e a todo tipo de discriminação, abordando situações de vivência do dia a dia, proporcionando uma visão aprofundada das dificuldades vividas, promovendo empatia e sensibilização.

É o que conta o presidente do COGEN-2º grau, desembargador Wagner Cinelli de Paula Freitas.
“Ao longo da gestão, o nosso objetivo era tornar os COGENs conhecidos do público interno do Tribunal, uma porta de acolhimento para magistrados, servidores, terceirizados, estagiários, aprendizes, voluntários e quaisquer outros prestadores de serviços, independente do vínculo jurídico mantido. Passamos, então, a criar ações e atividades que promovessem os comitês. E entre eles está projeto “Quem sente na pele”. Há um ano conheci o Vanderlei Pereira, baterista deficiente visual. Fui a um show dele e ouvi atentamente a conversa dele com a plateia, sobre a sua vida, como reagiu ao ficar cego, as dificuldades que enfrentou no primeiro momento, mas que depois seguiu a vida”, detalhou o magistrado.

O personagem que inspirou o projeto, o baterista, compositor e arranjador Vanderlei Peireira, deficiente visual aos 31 anos, também esteve presente na abertura da exposição e contou como ficou honrado ao participar da abertura da exposição.

“Estou emocionado. Queria parabenizar o Tribunal de Justiça por apresentar essa exposição que está abrindo portas, fazendo um mundo um pouco melhor para todos nós que sentimos na pele e também para consciência de todos que não sentem na pele. A discriminação existe, é uma luta árdua. Hoje é só o início. Quero viver muitos anos para ver este projeto crescer.”

Para a presidente da Comissão Permanente de Avaliação Documental do TJRJ, desembargadora Denise Levy Tredler, o projeto “Quem sente na pele” é especial. “Devemos respeitar e não discriminar qualquer tipo de pessoa”, contou.

Também estiveram presentes na cerimônia de inauguração da exposição, a 2ª vice-presidente do TJRJ, desembargadora Suely Lopes Magalhães; as desembargadoras Denise Nicoll Simões, Renata Silvares França Fadel e Ana Cristina Nascif Dib Miguel; e a juíza Eunice Bitencourt Haddad, presidente da Amaerj.

Fonte: TJRJ