A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, empossada na última quarta-feira (21/06) no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o Conselho Nacional de Justiça dá resposta a uma tentativa de melhorar mecanismos de controle da própria atividade administrativa do Poder Judiciário. "Ele não entra nas decisões dos juízes e por isso é uma antiga reivindicação dos diferentes setores da comunidade jurídica", disse.

A declaração foi dada aos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense, que publicaram nesta sexta-feira (23/06) entrevista exclusiva com a ministra. Cármen Lúcia também lembrou da decisão do conselho sobre a questão do nepotismo no Judiciário e destacou que a atitude do CNJ nesse sentido foi salutar, uma vez que dá cumprimento a uma norma da Constituição, que é o princípio da impessoalidade.

"Nepotismo é inconstitucional. Não pode ter nepotismo em nenhum setor, muito menos do Poder Judiciário. Os princípios da moralidade, da impessoalidade, da publicidade que permitem que o cidadão saiba o que está acontecendo e, a partir daí, reivindique o que acha ser de direito, são sempre decisões salutares. E esses princípios sempre andam em conjunto, se harmonizam. Quando se quebra um, se quebra o outro também", completou.