Justiça Trabalhista da Paraíba preserva processos históricos

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O Memorial da Justiça Trabalhista na Paraíba, através de seus servidores, desenvolveu uma atividade peculiar em 2012: a análise de todo o acervo formado por mais de vinte mil processos históricos das décadas de 1940, 1950 e 1960. O objetivo foi deixar todo o material higienizado e armazenado da melhor maneira possível a fim de mantê-lo preservado. Para isso, os servidores da unidade participaram de um curso sobre “Acondicionamento de Documentos Históricos”, promovido pela Secretaria de Gestão de Pessoas do Tribunal do Trabalho e ministrado pela servidora Jandilma Medeiros, da Secretaria de Controle Interno, que também é restauradora.

Os processos foram higienizados, retiradas as ferragens, acondicionados separadamente por páginas em folhas de papel neutro e guardados. Para o servidor Ricardo Serrano, trabalhar na preservação desse material foi compensador. “Enquanto fazemos o trabalho, também passamos a vivenciar uma época e seus costumes. É muito interessante”, disse.

Da década de 1940, estão preservados 3.384 processos e da década de 1950 são 7.188 ações. Mas o maior número pertence à década de 1960. São 9.637, totalizando 20.209 processos nos três períodos.

O processo mais antigo do acervo do Memorial tem o número 2.554/1938 e foi impetrado pelo Sindicato dos Auxiliares do Comércio de João Pessoa. A ação requereu o pagamento de aviso-prévio de comerciários com base no Artigo 81 do Código Comercial. A proposta foi feita à 7ª Inspetoria Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Todo o material do acervo do Memorial do TRT foi organizado e catalogado nos últimos dois anos. Em 2013, o trabalho continua com o objetivo de preservar a história da Justiça Trabalhista no estado e está à disposição dos interessados na sede do Memorial, que funciona no Shopping Tambiá. No local, o visitante também vai conhecer um gabinete de juiz do trabalho dos anos de 1940 com seu mobiliário de madeira maciça e objetos como telefone a disco, carimbos, tintas.

Segundo a juíza Rosivânia Cunha, coordenadora do Memorial, o desafio agora será digitalizar todo o material para que, sem a necessidade de manipulação dos papéis, fique à disposição de pesquisadores. “São processos de grande valor histórico e devem ser preservados”, afirmou.

Fonte: TRT13