Mediadores e supervisores não mediram esforços para propiciar um ambiente seguro e desenvolver o diálogo nas mediações de família realizadas de 15 de agosto a 2 de setembro. Desde o seu início até a quinta-feira (1º/9), a formação de mediadores judiciários registrou 77% de acordos nos processos analisados. A ação foi realizada de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, no prédio da Corregedoria-Geral da Justiça. A maioria dos processos analisados estava relacionada a divórcios litigiosos, guarda, pensão alimentícia, direito de visita e reconhecimento de dissolução de união estável.
Ao todo, 64 mediadores em formação atuaram nas sessões, sob a supervisão de Paula Morgado Horta Monjardim Cavalcanti (instrutora de mediação formada pelo CNJ), Lavínia Vieira de Andrade e Jaklane de Souza Almeida (instrutoras de mediação em formação pelo CNJ). Foram cerca de 12 horas de supervisão diária dos mediadores em formação, totalizando cerca de 160 horas de supervisão de cada uma das instrutoras.
O atendimento foi realizado em quatro salas, preparadas especialmente para que as partes fossem ouvidas e para que chegassem ao acordo. Em cada uma, seis mediadores atuaram e acompanharam a sessão de mediação, que teve duração de aproximadamente duas horas. Os processos foram encaminhados pelas Varas da Família da comarca da capital.
A supervisora Paula Morgado explica que as atividades de mediação perpassam tanto aqueles que operam com o direito como a sociedade em geral. “Os próprios advogados, nos seus escritórios, podem tentar resolver o conflito pela via da mediação, ainda que privada, no seu próprio ambiente de trabalho, evitando assim o ajuizamento das ações, ou, se necessitarem do Poder Judiciário, trabalhando em uma fase que a gente chama de pré-processual, dentro do próprio Tribunal de Justiça, onde eles podem estabelecer a lógica administrativa para a solução daquele conflito”, ressaltou.
Composição entre as partes – Para a advogada dativa Terenita Benício da Silva Querino, que atuou nas sessões, “a mediação é um belo ato da Justiça, porque se faz uma composição entre as partes, que tem um tempo maior para expor seus problemas, o que aumenta a possibilidade de acordo”. A ação foi coordenada pela desembargadora Janete Vargas Simões e pelo Grupo de Família formado pelos juízes Ednalva Binda, Antônio Carlos Dutra, Maria Inês Bermudes e Jovita Reisen.
O grupo de trabalho tem como objetivo principal o fortalecimento dos Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e o estímulo à pacificação social. Segundo o magistrado Antônio Carlos Dutra, integrante do GT, “o mediador é capaz de mostrar à parte envolvida que ele é o maior interessado, é o principal elo para tentar encontrar a solução”.
Fonte: TJES